Nesta quinta-feira (23), o vereador e youtuber Gabriel Monteiro (PL) foi ouvido pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio e assumiu que filmava relações íntimas, segundo ele consensuais, para se precaver de possíveis denúncias de estupro.
Gabriel é alvo de um processo ético-disciplinar por quebra de decoro, na Câmara Municipal do Rio. Ele é investigado por denúncias de estupro, assédio e por forjar vídeos na internet, o ex-policial militar pode perder o seu mandato como vereador ao final do processo. O vereador nega todas as acusações, que atribuiu a adversários políticos que, segundo ele, querem destruí-lo.
Esta foi a última reunião da fase de instrução do processo e o youtuber e ex-policial militar optou por não falar com a imprensa. Após a reunião foi concedida uma coletiva de imprensa onde o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Izquierdo, disse que Gabriel se defendeu de forma muito específica sobre o vídeo das meninas gravadas no shopping e no salão de beleza. As duas filmagens são objetos de análise pelos parlamentares. Ainda segundo Izquierdo, Gabriel assumiu ter filmado relações sexuais com uma adolescente mas disse não saber a idade da jovem.
Durante reunião no Conselho de Ética da Câmara, o vereador alegou que realizava as filmagens para precaver-se de acusações de estupro.
” Ele disse que filmava relações íntimas consensuais para se precaver de possíveis denúncias de estupro. Não vê problemas éticos nessas filmagens com essa alegação de autoproteção”, relatou Chico Alencar.
Sobre o vídeo filmado com duas crianças, ele afirmou que o intuito das filmagens era realizar uma ação social.
No retorno do processo parlamentar, o relator Chico Alencar (Psol) vai apresentar o relatório. A defesa terá cinco dias úteis para apresentar as alegações finais e o Conselho de Ética e Decoro votar o parecer do relatório.
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