Por 48 votos a 2, o vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL-RJ) teve seu mandato cassado na noite desta quinta-feira (18). Monteiro perde seu mandato após uma série de denúncias de estupro e assédio moral e sexual contra ex-assessores. O pedido feito pelo Conselho de Ética da casa.
Apenas o vereador Chagas Bola Chagas Bola (União), suplente do ex-vereador Jairinho (preso pela morte do enteado) e o próprio Gabriel votaram contra a perda de mandato do ex-PM. Carlos Bolsonaro está licenciado e não votou.
Monteiro é acusado de estupro, assédio moral e sexual e por forjar vídeos para seu canal do YouTube. Além disso, ele também é acusado de estupro de vulnerável, com uma adolescente de 15 anos e filmar o ato e publicá-lo na internet.
O vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo que investigou Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara, leu parte do relatório aprovado pelo conselho.
“É um dever de todos os vereadores e vereadoras dessa Casa de leis dar uma resolução para esse caso. (…) Mais do que o discurso, o que vale é o voto. Esse é um momento histórico e gritos histéricos não vão interrompê-lo. A não aprovação do projeto que determina a perda do mandado do vereador Gabriel Monteiro seria uma contribuição para a perpetuação da cultura do estupro e do patriarcado presente em nosso estado“, disse Chico Alencar.
“Como serei estuprador? Quem não me chama de pedófilo é a mãe e aquela criança. A mãe é testemunha ao meu favor. Não foi sua mãe, sua avó, sua sobrinha que estava na rua precisando de ajuda“, disse Gabriel com a voz embargada, provocando vaias nas galerias.
Em sua defesa o ex-PM pediu desculpas: “”Eu venho de cabeça baixa pedir desculpas aos vereadores que se sentiram ofendidos. Eu não fiz por mal. (…) Encerrar meu mandato é decretar, para minha honra e minha moral, a minha morte. Por mais que seja estranho, eu tento fazer o bem”, disse Gabriel.
Em silêncio, Gabriel Monteiro saiu do plenário quando faltavam cerca de cinco votos para os 34 necessários para sua cassação.
Mesmo tendo seu mandato na Câmara do Rio cassado, Monteiro não terá sua candidatura a deputado federal anulada. Ele permanece no PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e é visto pelo partido como um “puxador de votos” no estado do Rio.
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