De acordo com dados do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio no Pantanal aumentaram nos seis primeiros meses de 2024, com relação ao mesmo período de 2023. No estado de Mato Grosso do Sul (MS), que concentra 60% do bioma, registrou 698 focos, entre janeiro e início de junho de 2024.
No mesmo período em 2023, foram apenas 62. Já no Mato Grosso (MT), com 40% do bioma, foram 495 focos este ano. Os dados apontam que no mesmo período de 2023 – de 01 de janeiro a 07 de junho, foram registrados 44 focos no estado.
Com os dois estados, em 2023 foram 106 focos de incêndio contra 1193 deste ano. A quantidade de focos deste ano é o segundo maior desde 2010, ficando atrás apenas do mesmo período de 2020, quando 2.138 focos foram contabilizados pelo INPE.
Além disso, na última sexta-feira (07), dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) revelaram que a maior parte dos rios da região, como o Rio Paraguai que inclui a região do Pantanal, estão com níveis abaixo do normal para este período do ano. Mas a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) já havia alertado em maio deste ano, a situação crítica de escassez hídrica na Bacia do Paraguai.
Por conta dos riscos de incêndios, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, informou que foi realizado um pacto com governadores do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão, Tocantins, Acre, Amapá, Roraima e Rondônia, para atuação conjunta no combate a incêndios.
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