Estudo revela aumento no número de crianças manipuladas para produção de pornografia

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Um estudo internacional da IWF (traduzido para Fundação de Monitoramento da Internet) mostrou que a pornografia infantil feita por crianças de 7 a 10 anos de idade aumentou em 65% em 2022. Se comparado com o ano de 2020, o aumento foi mais significativo ainda, chegando a 360%.

Foto: Pexels

O relatório informa que foram encontradas 19.670 páginas na internet que possuem material de natureza pornográfica dessa mesma faixa etária, nos primeiros seis meses do ano. Este número representa 7.797 páginas a mais do que as encontradas no mesmo período de 2021, e 15.393 a mais que as encontradas em 2020. 

Mas esse não é o único grupo etário afetado por esse crime. Mesmo com o aumento significativo entre crianças de 7 a 10 anos desde 2020, o número de denúncias de crianças de 11 a 13 expostas é ainda maior, sendo 137% a mais em comparação a 2021.

Localizada no Reino Unido, a organização IWF realiza seus levantamentos a partir de denúncias e análises dos conteúdos, feitas pelos pesquisadores e afirma que a prática, muitas vezes, consiste na manipulação dos menores para produzirem o conteúdo por meio de celulares e webcams. 

Como evitar 

Especializada no assunto, a IWF definiu algumas precauções que podem ser tomadas para evitar que as crianças fiquem vulneráveis a sofrerem esse crime. Para isso, os pais devem seguir alguns passos como conversar com a criança sobre abuso sexual online; criar regras sobre a utilização da tecnologia; aprender e participar da vida online da criança; aprender a utilizar os aplicativos e configurações disponíveis para deixá-la o mais segura possível no ambiente virtual. 

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A organização revela ainda que algumas páginas, localizadas em diversos países não foram catalogadas, o que pode gerar um número ainda maior de pornografia infantil, devido à subnotificação. 

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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