Estamos desaprendendo como se escreve? Estudo que analisa a associação em escrever à mão e a forma de aprendizado
Qual foi a última vez que você usou papel e caneta para escrever algo? Com tanta modernidade, é cada vez mais incomum a utilização do antigo método. Mas um estudo da Universidade da Noruega publicado na revista Frontiers in Psychology, aponta que a escrita à mão, desafia o cérebro mais do que a digitação e, portanto, ajuda no processo de aprendizado.
De acordo com o estudo norueguês, publicado no último ano, escrever à mão resulta em aumento da atividade cerebral extamente nas regiões cerebrais importantes para o aprendizado. Apesar de atualmente a tecnologia estar tomando à frente e o dia a dia das pesosas, com os computadores e smartphones como a ferramenta favorita das pessoas na hora de registrar algo, é a escrita no papel que ainda é o melhor método de aprender algo, segundo a pesquisa.

Confira o estudo aqui.
Como o cérebro se comporta quando escrevemos?
Quando escrevemos, a atividade cerebral aumenta precisamente nas áreas responsáveis pelo aprendizado, pelo menos é o que diz um estudo norueguês de publicado em 2. Ainda segundo o estudo, quando estamos praticando a escrita, o cérebro identifica padrões de letras já aprendidas, corrige a pressão dos dedos sobre a caneta, transfere comandos aos olhos para monitorar tudo isso e ainda ajustar a coordenação e esse conjunto de informações visual e raciocínio que estimula o aprendizado.
“Isso também explica por que as crianças que aprenderam a escrever e ler em um tablet podem ter dificuldade em diferenciar letras que são imagens espelhadas umas das outras, como ‘b’ e ‘d’. Elas literalmente não sentiram com seus corpos como é produzir essas letras.” disse a professora Audrey van der Meer, pesquisadora do cérebro na universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU).
Analfabetismo
Aqui no Brasil, o analfabetismo funcional é um fator importante a ser considerado. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) em 2022, entre as 9,6 milhões de pessoas com 15 anos de idade ou mais nessa condição 59,4% vivem no nordeste do país. Um fato curioso é que segundo a Unesco, em 1820 apenas 12% da população do planeta sabia ler e escrever. estatística que se inverteu e hoje o número de analfabetos do mundo é de apenas 13%, diz a instituição.
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