Esta é a década mais quente para a África, aponta relatório de organização mundial

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De acordo com o relatório o Estado do Clima na África 2024, lançado nesta segunda-feira (12) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), esta é a década mais quente para a África, desde que os registros começaram. De acordo com o documento, o aumento da temperatura afeta o desenvolvimento socioeconômico do continente.

No lançamento, Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, afirmou que a situação na África demonstra realidades urgentes e crescentes da mudança climática em todo o continente. Dados mostram que o último ano foi um dos mais quentes inclusive na África, onde a média da temperatura foi de 0,86°C acima da média de longo prazo entre 1991-2020.

Foto: Unicef/Bennie Khanyizira

O norte da África registrou níveis ainda mais altos 1.28°C acima da média do mesmo período. A temperatura dos oceanos também foi ressaltada no relatório, ja que a temperatura da superfície do mar atinge recorde histórico em 2024.

O ano de 2024 foi classificado como um dos mais quentes já registrados, com temperaturas da superfície do mar sem precedentes e ondas de calor generalizadas. O relatório descreve os graves desafios para a agricultura, a segurança alimentar e hídrica, a saúde e a educação“, afirma a OMM.

O documento também indica que além da seca, mas as chuvas intensas causaram problemas. No leste da África, de março a maio, foram registradas cheias no Quênia, na Tanzânia e no Burundi. Centenas de pessoas morreram e mais de 700 mil foram afetadas.

Já no oeste e no centro do continente, 4 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes que levaram a centenas de mortos, em países como Nigéria, Camarões, Chade, Níger e a República Centro-Africana. O relatório cita o Chido, que surgiu em Mayotte, como o mais arrasador em 90 anos, atingindo também Moçambique e Malauí

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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