“Eu não sou esse monstro”, diz Érika Souza, sobrinha do Tio Paulo

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Mulher leva tio morto à agência - Foto: Reprodução

Em entrevista ao Fantástico (TV Globo), na noite deste domingo (05), Érika Souza, a sobrinha do Tio Paulo, o idoso levado já morto para pegar empréstimo em um banco, disse ter passado dias horríveis na cadeia e não ser “esse monstro”.

Érika estava presa desde o dia 16 de abril no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Foram dias horríveis longe da minha família. Eu não sou a pessoa que estão falando que eu sou. Eu não sou esse monstro”, disse a sobrinha emocionada.

A cabeleireira explicou que não percebeu que seu tio Paulo Roberto Braga estava morto. “Nem eu nem muita gente percebeu. Como você dá um papel pra um morto assinar? Se alguém tivesse percebido não teria dado um papel pra um morto assinar”, diz a sobrinha. Segundo ela, o empréstimo no valor de R$17 mil era para realizar uma obra no cômodo onde Paulo morava.

Érika deixou a penitenciária no dia 02 de maio após a juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, aceitar a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o que tornou Érika ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.

Érika passou a ser investigada por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – Foto: Reprodução

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Na justificativa para soltá-la, Luciana disse que Érika é “acusada primária, com residência fixa, não possuindo, a princípio, periculosidade a prejudicar a instrução criminal ou colocar a ordem pública em risco”.

Na mesma decisão, a magistrada também revogou a prisão preventiva da sobrinha do idoso e agora ela responderá ao processo em liberdade, desde que cumpra as medidas cautelares estabelecidas.

A cabeleireira também comentou sobre sua relação com o tio. “Ele só fazia biscate, capinava quintal, mas não tinha  renda. Ele era meio caladão, bebia muito, mas a gente se dava bem”.

Ela também passou a ser investigada, em um outro inquérito, por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – por grave “omissão de socorro”. O inquérito está em andamento na Polícia Civil, que ainda decidirá se indicia Érika por esse crime.

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