Por conta das fortes chuvas e enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul nos últimos meses, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional declarou situação de emergência em 11 cidades do estado. De acordo com o órgão, a partir do reconhecimento oficial, as prefeituras estarão aptas a solicitar maiores apoios e recursos do Governo Federal junto à defesa civil como por exemplo: cestas básicas,refeição para grupos de trabalhadores voluntários, kits de limpeza e higiene pessoal, entre outras necessidades.
Na lista de cidades em situação de emergência estão Agudo, Faxinal do Soturno, General Câmara, Itaara, Liberato Salzano, Manoel Viana, Pinheiro Machado,Santa Maria, São João do Polêsine, Trindade do Sul e Santa Cruz do Sul.
O Ministério afirma que, atualmente, constam 358 reconhecimentos do tipo entre cidades gaúchas, dentre eles, 309 são por estiagem, 36 por chuvas intensas, 6 por vendaval, 3 por queda de granizo, além de outras 3 por enxurradas, e apenas uma por alagamento. Todas as solicitações de recursos federais para esse tipo de caso são feitas junto ao Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres.
Crise climática
Os Gaúchos vivem a pior crise climática de sua história, visto que fortes chuvas têm causado desastres até dezenas de mortes desde abril de 2024, quando o Estado registrou 184 mortes, entre abril e maio do ano passado; em 2025, pelo menos 5 mortes já foram confirmadas.
Especialistas apontam o aquecimento global como um dos fatos causadores dos fenômenos naturais, outra questão levantada por um relatorio da Agência Nacional de Aguas e Saneamento básico (ANA), o lago guaíba atingiu seu maior nivel desde 1941 (4,76m), chegando a 5,37m registrados. O estudo ainda aponta que cerca de 2,4 milhões de passoas foram diretamente impactadas ao longo de 478 municípios.
A pesquisa alerta ainda, para o quão antigos são os sistemas de barragens contra enchentes na capital gaúcha e em outras regiões. Projetados entre 1960 e 1980, as estruturas apresentaram rupturas, dado suas fragilidades; segundo os pesquisadores, a estimativa é de que aproximadamente 40% das pessoas atingidas durante as enchentes, viviam em áreas protegidas por essas estruturas.
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