Em cinco cidades do Rio de Janeiro, todas as pessoas mortas por policiais no último ano eram negras, segundo levantamento

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Fonte: G1

Foto: Betinho Casas Novas

Um estudo realizado pa Casa Fluminense mostra que, em cinco das 22 cidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, todas as pessoas mortas por agentes do estado eram negras. O estado também lidera o ranking das ações policiais em todo o Brasil, de acordo com levantamento da Rede Observatórios de Segurança.

Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Petrópolis, Rio Bonito e Seropédica, são as cidades onde todos os mortos por agentes do Estado são negros, segundo dados do Mapa da Desigualdade, produzido pela Casa Fluminense.

Foram 2.772 ações policiais entre junho de 2049 a maio deste ano, segundo pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança.

Em Mesquita, o número de vítimas de pele negra chega a 93,8%; em Belford Roxo, 89%; em Niterói, 88%; e na cidade do Rio de Janeiro chega a 81%.

A idade da morte

Em todas as cidades da região metropolitana do Rio, os negros morrem mais jovens que os brancos, seja por ações violentas ou não, segundo o estudo do Mapa da Desigualdade.

A maior diferença está em Niterói, onde a população de pele negra vive em média, 13 anos a menos. Na capital a diferença é de 10 anos, número igual a média da Região Metropolitana.

Diferença da expectativa de vida da pessoa negra no RJ chega a 22 anos, dependendo do município

De acordo com o estudo o Rio de Janeiro está entre as 10 capitais mais desiguais do mundo. Dentro da Região Metropolitana do Rio, a expectativa de vida pode ter uma diferença de 22 anos, dependendo da cidade e da cor da pele.

Segundo o levantamento, desconsiderando a cor da pele, um morador de Niterói vive, em média, 70 anos. Em Queimados, a expectativa de vida cai para 58 anos.

Ao analisar a expectativa de vida de pessoas que se declaram pretas ou pardas, a diferença chega a 22 anos.

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