Defensoria Pública da União defende 200 pessoas que participaram de atos golpistas

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Polícia e Exército se concentram na frente do QG do Exército para desmobilizar acampamento

A Defensoria Pública da União (DPU) está atendendo aproximadamente 200 pessoas que participaram dos ataques golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A DPU presta assistência jurídica de graça para quem não tem condição de pagar. Logo após os atos antidemocráticos, os advogados começaram a prestar esclarecimentos para os envolvidos.

Na terça-feira (24), os defensores estiveram reunidos com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para apresentar um relatório sobre a situação dos representados pela DPU. Apesar dos envolvidos terem consciência da gravidade de suas ações, alguns relataram terem embarcado para Brasília, por que acharam ser uma oportunidade de passeio.

Os golpistas se concentram na frente do QG do Exército – Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O defensor público da União, Gustavo de Almeida Ribeiro, revelou ainda junto ao STF que “há pessoas que estavam em situação de rua e que vieram a Brasília em troca de um prato de comida. Ouvimos isso mais de uma vez”, afirma.

Muitos dos defendidos pelo órgão foram soltos após as audiências de custódia. A reunião com ministro Alexandre de Moraes foi para apontar alguns casos que poderiam ser resolvidos sem prisão, com penas alternativas, como é o caso dos idosos. O ministro ficou de analisar os pedidos nos próximos dias.

O relatório sobre as condições dos detidos, foi entrega pela  Defensoria Pública da União no dia 10 de janeiro e o documento mostra que, mesmo com a lotação dos presídios, o aumento da população prisional foi de 10%. Além disso, os presos relataram estarem dormindo em colchões e que foram atendidos de forma digna e respeitosa.

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Foi também apontado pelo relatório que um dos presos foi detido com 3 mil reais, e outro, que se identificou como policial civil aposentado, estava com uma arma e um cofre. Após as audiências de custódia, o STF transformou 942 prisões em flagrante em prisão preventiva e liberou 464 investigados.

Marina Lopes

Marina Lopes

Marina Lopes é jornalista e escritora juiz-forana, apaixonada pela palavra e por contar histórias através dela.

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