Dois homens foram indiciados por encenar o enforcamento de um homem negro em manifestação pró-Bolsonaro

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Em uma manifestação pró-Bolsonaro realizada em Porto Alegre, nesta sexta-feira (21), dois homens, um deles vestido com roupas semelhantes às usadas pelo grupo supremacista branco americano Ku Klux Klan, simularam o enforcamento de um boneco com vestes pretas.

Após o ato promovido por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, os dois foram indiciados pela Polícia CivilSegundo a polícia, os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Polícia, em razão da Lei de Abuso de Autoridade.

A Polícia Civil enquadrou o caso como dolo eventual em um dos artigos da Lei do Crime Racial: “Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa“.

Reprodução TV Globo

Um dos indiciados é o homem que vestiu a roupa, e o outro ajudou na organização do ato. Segundo a titular da Delegacia do Combate à Intolerância, Andrea Mattos, eles assumiram a participação, mas negaram que tiveram intenção racista.

“[Eles alegaram que] a cor da túnica não seria branca, que é a cor característica da Klan [a túnica era marrom]. E disseram que o manequim enforcado na árvore estava com uma roupa preta, única exclusivamente para diferenciar da cor marrom. Que a ideia central daquele manequim na verdade representaria o comunismo“, explica a delegada.

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