A diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, foi indiciada por racismo pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), por conta de posts feitos por ela em outubro de 2022, atacando os nordestinos, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.
A assessoria da Polícia Civil do RJ confirmou a informação ao LANCE!. Na época, a diretora que também é esposa do diretor do clube carioca, Rodolfo Landim, chegou a compartilhar em seu perfil nas redes sociais, uma frase xenofóbica, depois do segundo turno da disputa presidencial. “Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome“, escreveu. Na ocasião, o Notícia Preta noticiou o fato.
Durante as investigações, Ângela se dirigiu a delegacia para prestar depoimento e afirmou que não criou o conteúdo, apenas compartilhou. Ela também disse que “não teve intenção de desqualificar o povo nordestino”. Com a repercussão, ela pediu desculpas pelas postagens, também pela rede social. Na época, Rodolfo Landim também foi questionado sobre o caso e afirmou que a mulher tem o direito de dizer o que quiser.
“Ela tem o direito de se posicionar e falar o que quiser. O problema é a vontade dela. Ela é uma pessoa física e tem o direito de se posicionar. É uma decisão íntima dela. Cada um tem o direito de agir e pensar como quiser”, disse.
Diversos dirigentes de clubes nordestinos e os perfis oficiais dos próprios times – como o presidente do Sport, Yuri Romão e também o CSA – se pronunciaram na ocasião, criticando as palavras da diretora. “Sua fala foi uma agressão ao povo nordestino. O Nordeste merece respeito”, publicou o clube alagoano em seu twitter.
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