O Frevo completa 116 anos em 2023. Nesta quinta-feira (09), é celebrado em Pernambuco por ter sido mencionado na imprensa do Estado pela primeira vez, em 1907. No dia 14 de setembro é comemorado nacionalmente como expressão artística, que influencia o Carnaval de todo o país.
O endereço oficial da dança na cidade do Recife se chama Paço do Frevo. Está localizado na Praça do Arsenal da Marinha, no bairro do Recife, e tem a missão de preservar e propagar a música e a dança histórica. O museu terá acesso gratuito no dia de hoje, com visitas temáticas mediadas na exposição “Frevo vivo”.
A manifestação cultural surgiu no final do século XIX como uma forma de expressão musical, coreográfica e poética. Em 2007, ano do centenário, recebeu o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2012, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura da Cidade, está promovendo uma programação que começou às 7h, ao som dos Clarins de Momo, na Avenida Conde da Boa Vista, para “acordar a cidade”. As comemorações seguem durante o dia em vários pontos, com clubes de bonecos gigantes, passistas, blocos líricos e orquestras de frevo. Em todos os polos, as apresentações vão durar, em média, uma hora.
A palavra “frevo” vem do verbo “ferver”, que remete à agitação. A dança combina elementos da marcha, maxixe e movimentos da capoeira. Na década de 1930, quando se popularizou, a manifestação cultural ganhou três categorias: frevo-canção, frevo de rua e frevo de bloco.
O frevo-canção conta com um intérprete à frente e uma introdução acelerada de uma orquestra de percussão e metais. A narrativa poética remete a um contexto mais atual.
O frevo de rua também é tocado por uma orquestra de percussão e metais nas ruas. Sem letra, é o mais acelerado e efervescente de todos.
O frevo de bloco é executado por uma orquestra de pau e corda, composta por violões, bandolins, flautas e cavaquinhos. As letras falam da saudade dos antigos carnavais de forma mais lenta, poética e lírica.
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