Segundo o Ministério da Educação (MEC), com dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, a desigualdade entre escolas públicas que atendem alunos mais pobres comparadas as que recebem alunos mais ricos, apresentam uma defasagem de até 4 anos no aprendizado ao fim do Ensino Fundamental.
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Em 2023 a média do Ideb para os anos finais do Ensino Fundamental foi de 4,7, em um total de 10 pontos, não tendo alcançado a meta de 2021, que era de 5,2. O índice é calculado a partir da taxa de aprovação e das médias de desempenho dos alunos em uma avaliação de matemática e português.
Sobre a desigualdade entre as escolas, em 2021 o índice era 1,77 maior entre escolas públicas com alunos mais pobres ou mais ricos, enquanto que em 2023 a variação foi de 1,7 ponto.
As quase 9.000 escolas nos três níveis socioeconômicos mais baixos, ficaram abaixo da média nacional. Já os três níveis mais altos, que reúnem 12 mil escolas, tiveram uma média de Ideb superior, de 5 pontos.
“É uma informação que faz sentido porque os mais pobres foram os que mais sofreram com a pandemia, e se vê uma recuperação. Alunos com melhor nível socioeconômico tem maior chance de ter acesso à internet, voltaram antes às aulas presenciais”, diz Ernesto Martins Faria, diretor do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
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