Neste sábado (27), completam seis meses que os meninos Lucas Manhães da Silva, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique Soares, de 12, saíram de suas casas no Complexo do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para brincar e não foram mais vistos. Seis meses depois do desaparecimento dos meninos, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), da Polícia Civil do Rio de Janeiro confirma que ainda não tem informações sobre a localização dos meninos.
Lucas, Alexandre e Fernando estão desaparecidos desde o dia 27 de dezembro, quando foram vistos pela última vez em uma feira no bairro de Areia Branca, também no município de Belford Roxo. A pista foi identificada em imagens de câmeras de segurança, analisadas em um laboratório do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), no começo de março, dois meses depois do desaparecimento dos meninos. Os familiares já haviam apontado que as investigações demoraram para serem iniciadas e relataram que as primeiras testemunhas do caso só foram ouvidas pela polícia uma semana depois do registro do desaparecimento dos três garotos.
A hipótese defendida pela DHBF, desde o início das investigações, é a de que traficantes do bairro Castellar seriam os responsáveis pelo desaparecimento dos meninos. No dia 21 de maio, uma força-tarefa da Polícia Civil prendeu 16 pessoas durante uma operação na Região Metropolitana do Rio e , na ocasião, os policiais indicaram alguns dos presos como suspeitos de terem participado no desaparecimento das três crianças em Belford Roxo. Os indicados também seriam responsáveis por um tribunal do tráfico na cidade, mas desde a prisão do grupo, não foram reveladas pela PCRJ avanços na localização dos meninos Lucas, Alexandre e Fernando.
Orações e divulgação de cartazes
A avó dos meninos Lucas e Alexandre, Silvia Regina, contou em entrevista ao jornal Extra, que ainda tem esperanças de encontrar os netos. “Já fui colar cartaz com as fotos dos meninos em Madureira, Vila Valqueire, Leblon e em um monte de lugar. A gente também vai sempre na delegacia para perguntar como estão as coisas. A resposta que recebemos, por enquanto, é sempre a mesma. Que eles( policiais) continuam com as buscas pelos garotos e que a gente tem que esperar”, relata Regina. Ela lembrou ainda que essa espera é acompanhada por orações junto às mães dos três meninos e sonhos constantes: “Sonho sempre. Já sonhei com eles voltando, já sonhei até com eles pedindo para serem salvos. Acho que eles devem estar presos em algum lugar.”
Em nota, a equipe da DHBF informou que não tem novidades sobre o caso. “Os agentes realizaram diversas diligências desde o registro feito na delegacia e operações para encontrar os garotos. Familiares foram ouvidos, imagens de câmeras de segurança foram analisadas e outras ações foram empreendidas para esclarecer o caso”, consta na nota divulgada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que diz continuar com as buscas.
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