O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (25), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — teve queda de 0,07% para o mês de julho. Segundo o IBGE, a queda de preços – deflação – de alguns itens e serviços influenciou a queda do IPCA, como o valor do botijão do gás de cozinha, do feijão carioca e a carne.
Mas a assistente administrativa Lais Silva Santos, de 26 anos, diz não sentir a deflação e demais variações nos preços neste ciclo trimestral. A trabalhadora afirma que come na rua quase todos os dias. “Sinceramente, eu não vi essa diferença. Eu como em restaurante que tem balança e o meu prato costuma dar geralmente em média de R$30,00 a R$40,00 e normalmente é o que tenho pagado”, disse.
De acordo com o economista Wallace Borges, o IPCA-15 tem a função de medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias que possuem um rendimento que varia entre 1 e 40 salários mínimos, e é calculado de 3 em 3 meses.
O IBGE detectou que quatro de nove grupos pesquisados tiveram queda no mês de julho. A maior variação foi no grupo de Habitação (-0,94%), seguido por alimentação e bebidas (-0,40%), artigos de residência (-0,40%) e comunicação (-0,17%).
Houve inflação, portanto aumento, nos preços de outros cinco grupos no mês de julho, entre eles: transportes (0,63%), despesas pessoais (0,38%), educação (0,11%), saúde e cuidados pessoais (0,07%) e vestuário (0,04%).
Apesar da deflação nos alimentos e bebidas, a trabalhadora confirma que não sentiu a queda nos preços. Em contrapartida, houve aumento nos transportes, mas ela também não sentiu o aumento no preço final.
“Eu utilizo ônibus e metrô, até então esses meios de transporte não tiveram alteração no valor da passagem, então continuo pagando a mesma coisa“, disse Lais.
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