O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs sofreu uma nova reviravolta em seu julgamento por tráfico sexual e extorsão nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (16), o juiz Arun Subramanian, de Nova York, determinou o afastamento de um dos jurados do caso, após a promotoria questionar a veracidade das informações prestadas por ele durante o processo de seleção.
A decisão de afastá-lo gerou reação imediata da defesa de Diddy. Em uma carta enviada ao tribunal no domingo (15), os advogados do rapper alegaram que o motivo usado para excluir o jurado seria apenas um pretexto para retirar mais um homem negro do júri. Eles chamaram a situação de “injustificável” e disseram que o caso sofre com uma série de abusos desde o início da investigação.
Segundo os promotores, o jurado apresentou respostas consideradas inconsistentes sobre sua residência. No início, ele informou que morava com a noiva e a filha pequena no Bronx, em Nova York. Porém, em um depoimento recente, afirmou que havia se mudado para Nova Jersey para ficar com a família. Ele também revelou que costumava passar quatro ou cinco noites por semana na casa da tia, de volta ao Bronx, enquanto trabalhava.

Os advogados também destacaram que as contradições apresentadas pelo jurado não seriam suficientes para desqualificá-lo. Além disso, voltaram a criticar a condução do processo, citando o que classificam como “uso excessivo de força” durante as operações de busca nas propriedades de Diddy e o vazamento de informações sigilosas que, segundo eles, prejudicam a imagem do artista.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, cinco dos doze jurados selecionados para o julgamento são pessoas negras.
Já o site TMZ informou que Diddy, preso desde setembro de 2024, voltou a pedir a anulação do julgamento. Este é o terceiro pedido de sua equipe de defesa desde o início do caso. Além do processo criminal, o rapper também enfrenta ações civis que o acusam de diversos abusos cometidos com o apoio de funcionários e pessoas próximas.
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