A tarde da última quarta-feira (07) foi marcada por ser o último dia do julgamento do ex-jogador Daniel Alfes, no Tribunal Provincial de Barcelona, na Espanha. Durante o depoimento, Alves disse que estava embriagado na noite do suposto estupro e se disse inocente da acusação de abuso sexual. Ao final da audiência, a defesa do brasileiro pediu liberdade condicional e sua absolvição.
Daniel Alves disse também que, ao longo daquele dia e noite, tomou uma quantidade grande de bebida alcoólica. No restaurante e no bar que ele e os amigos se reuniram antes de irem para a boate, ele disse ter tomado em torno de duas garrafas de vinho, um copo de uísque e rodadas de gin tônica.
A informação do consumo de álcool é importante para a estratégia da defesa do jogador. Segundo os jornais “La Vanguardia” e “El Periódico”, alegando embriaguez a advogada Inés Guardiola sustentaria que o acusado “não tinha plena consciência do que fez”.
“Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral forçadamente. Ela não me disse nada. Estávamos desfrutando os dois e nada mais”, declarou o ex-lateral.
Daniel Alves contou ao tribunal como foi a relação, inclusive com penetração, repetindo a sua quarta versão sobre o caso. Ele disse ter se surpreendido ao saber que estava sendo acusado de estupro.
“Quando cheguei em casa, lembro que ela (a esposa Joana Sanz) estava na cama e dormi na sequência. Sim, estou dizendo o mesmo que das outras vezes. Soube pela imprensa que estavam me acusando… Estava praticamente arruinado porque tive todos os meus contratos rompidos, contas bloqueadas“, disse Alves.
Depois de ouvidos todos os depoimentos ao longo dos três dias de julgamento, a advogada da vítima, Ester García, criticou Daniel Alves, a quem apontou ter “se colocado numa posição totalmente de vítima“. Enfatizando um cenário de violência, reforçou o pedido pela pena máxima, de 12 anos de prisão.
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Ainda não há prazo definido para a apresentação da sentença final. A imprensa espanhola indica que a decisão pode sair dentro de um mês. Cabe recurso no Tribunal de Apelação, segunda instância da Justiça espanhola.