Conservadorismo cresce mais entre homens jovens, aponta pesquisa

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Um estudo global realizado pela Agência Internacional de Pesquisas Glocalities, mostra um grande crescimento do conservadorismo entre homens jovens. Conforme a pesquisa, esse aumento pode ter relação com o “desespero e a desilusão” dos adolescentes com a política tradicional. O levantamento realizou mais de 300.000 análises em cerca de 20 países, incluindo o Brasil. 

Embora o mundo tenha se tornado mais liberal nas últimas décadas, o tom conservador também se acentuou. Conforme as análises da investigação, foi possível notar esse aumento nas últimas eleições europeias, pois o sentimento de desesperança e descontentamento social implicaram no aumento dos grupos e partidos radicais da direita, em diversos países, enfatiza a investigação .

Conservadorismo cresce mais entre homens jovens, aponta pesquisa – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Crescimento de partidos radicais.

Ainda com base no levantamento, diversos partidos radicais ganharam destaque e consequentemente tiveram um grande crescimento, por exemplo, o grupo Francês Frente Nacional, o alemão Alternativa para a Alemanha, os italianos Liga Norte e Fratelli, o polonês Lei e Justiça, o espanhol Vox, o belga Vlaams Belang (VB) e os holandeses Partido da Liberdade (PVV), Fórum pela Democracia entre outros. 

Redes Sociais

De acordo com pesquisadores, a concepção conservadora também é bem presente nas redes sociais. O estudo pontua que os algoritmos das mídias sociais vêm ampliando esses discursos e grupos ao atrair diversos jovens conservadores para espaços completamente masculinos, com ideologias masculinas, conservadoras, extremistas e radicais. 

Além disso, a averiguação ainda ressalta que os jovens da atualidade fazem parte da primeira geração que cresceu na era das redes sociais e das bolhas dos filtros e acabam passando horas e horas nas redes sociais, submetidos a diversos conteúdos muitas vezes extremistas. Inclusive, expostos aos algoritmos de IA construídos para chamar a atenção e para criar funis (muitas vezes comerciais), assim, expondo extremos que estão fora da realidade.

Mulheres mais flexíveis que os homens

A pesquisa verificou que as mulheres da contemporaneidade são mais liberais que os homens. As jovens de 18 a 24 anos se mostraram mais liberais e anti patriarcais, em comparação com os homens de 18 a 24, que têm se mostrado mais conservadores, ultrapassando também os homens de 55 a 70 anos. O relatório destaca que, globalmente, as mulheres jovens são provavelmente o grupo mais liberal da história. 

Vale mencionar que o estudo foi realizado na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Holanda, Polônia, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Turquia, Reino Unido e EUA.

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Aline Rocha

Aline Rocha

Aline Rocha é Graduada em Licenciatura em Linguagens e Códigos- Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduada em Linguagens, Suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela Universidade Federal do Piauí. É integrante do grupo de pesquisas: GEPEFop LAPESB- Laboratório de pesquisa Pierre Bourdieu: Análise sobre a prática pedagógica.Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na qual ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 6º ano e 9º ano, tanto na modalidade regular como na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre 2018 a 2020. Atuou como bolsista Capes no Programa Residência Pedagógica, em que ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 9º ano, 1º ano e 3º ano do Ensino Médio, entre 2020 a 2022. Atuou como monitora voluntária na disciplina de Linguística Textual, na turma 2018, do curso de Linguagens e Códigos-Língua portuguesa, na Universidade Federal do Maranhão. Atualmente é Professora da Educação Básica e pesquisadora Antirracista.

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