Conheça Rita Monteiro, a primeira VJ negra da MTV Brasil

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Por Carol Cirilo

A MTV Brasil foi um marco entre os jovens na década de noventa e início dos anos dois mil. A emissora
impactou no comportamento de uma geração e, por meio dos videoclipes, deu lugar à
representatividade negra na TV. Mas a representatividade transcendia os videoclipes. Naquela época,
o programa “Reggae MTV” era apresentado por Rita Monteiro, a primeira VJ negra da emissora. Ainda
hoje, Rita é lembrada por aqueles que ela impactou com seus dreads e vasto conhecimento musical.

Nesta entrevista, Rita fala sobre a experiência na MTV, sobre a participação precoce no movimento negro do Rio de Janeiro e também sobre as dificuldades que enfrenta na Europa, onde vive atualmente. No passado, histórias emocionantes: foi dançarina no Mama África (clube de Nelson Motta), teve o privilégio da presença de Marisa Monte em sua festa de aniversário e conseguiu entrevistar os rapazes do Living Colour no período em que a banda boicotava a MTV.

Rita Monteiro foi pioneira no ramo, na MTV/ Foto: Divulgação

Nos últimos anos, uma vida simples: vivendo o luto pela morte do pai, com dificuldades financeiras devido a um divórcio conturbado, mas com muita força de vontade para se reerguer profissionalmente. Rita, você foi a primeira VJ negra da MTV Brasil. Muito tempo se passou, mas sua presença na
emissora fez muita diferença. Conta um pouquinho da experiência.

Mana, você imagina uma menina de periferia como eu, negra, trabalhar na MTV naquele momento?
Nove entre dez jovens do Brasil gostariam de trabalhar na MTV Brasil. Eu tava no Rio de Janeiro e o
meu companheiro da época, o Nêgo Beto, falou: “Rita, por que você não se candidata?” Eu falei: “Que
isso, rapaz? Tu acha que eles vão contratar alguém como eu, com o cabelo dreadlocks?” Aquele
estigma do racismo, né? Então, ele falou que eu tinha toda condição, que eu era bonita, entendia de
música, era carismática e sabia falar super bem. Eu fiquei pensando naquilo. Quando abriram as
inscrições – a MTV foi pro Rio de Janeiro pra contratar apresentadores cariocas -, eu me inscrevi. Foram
dois mil jovens, na época. Isso há trinta e dois anos. Foi incrível! Melhor fase da minha vida, na boa.

E como foi o teste pra entrar na MTV?
Era um teste de câmera, pra gente falar de algum artista. E uma das perguntas que os diretores fizeram
era sobre o que eu traria de diferencial. Eu falei: “É a música do meu povo, o maracatu, o jongo, é o
samba que não tem na MTV. A MTV só fala de rock! Tem que ter um programa para falar de samba,
de samba rock, de reggae”. Eu me lembro que o Rogério Gallo achou interessante. “Pô, eu sou preta,
sou de Madureira e os apresentadores são todos brancos!” Então, meu diferencial era esse. Foram
três eliminatórias e de dois mil (candidatos) ficaram só sete: eu, Otaviano, Felipe e mais outras
pessoas. Eu me lembro também da Fernanda Barbosa, que era modelo na época, bonita à beça. Mas
pretos mesmo, só eu e o Felipe.

E todos trabalharam na MTV?
Não. Eles contrataram três: eu, o Otaviano Costa e o Felipe.

Na época, você sabia da importância de estar lá, enquanto mulher negra? Ou a consciência do que
isso representava veio depois? Pergunto, pois este debate tinha pouca visibilidade na década de
noventa e no início dos anos dois mil.

Sabia. Neilda Fabiano, uma das minhas madrinhas de carreira, foi assessora de Benedita da Silva.
Neilda era moradora de Maria da Graça, onde eu nasci. Os meus pais eram de Madureira, mas foram
morar em Maria da Graça. Conheci Neilda Fabiano, quando eu dançava no clube de jazz, e ela falou
pra minha mãe: “Adelaide, vamos levar Rita pro Agbara Dudu (grupo de dança afro). Rita precisa entrar
na nossa cultura”. Com dezessete anos eu fui pro Agbara Dudu, em Madureira. Então, quando eu
cheguei na MTV, eu cheguei aos vinte e três anos, já com toda uma identidade negra formada. Já era
uma militante do movimento negro. Eles não sabiam, mas estavam contratando uma militante. Neilda
tinha um orgulho danado de mim porque eu era bem jovem e tinha esse letramento racial, que todo
mundo fala hoje.

E isso foi quando?
Em 1987. E a MTV foi três anos depois.

Você fez parte da primeira geração de VJs da MTV Brasil. Como era a convivência com a equipe, com
os outros VJs? Conta um pouquinho sobre o relacionamento com os colegas na emissora.

Era um relacionamento muito respeitoso, mas quando aparecia algumas questões raciais, eu sempre
chamava a atenção. Uma vez eu fiz um comentário: “Gente, faz um teste do pescoço aí! Quantos
negros tem aqui nessa sala?” Só tinha eu. E depois o Nêgo Beto que eu levei como produtor voluntário
do “Reggae MTV”. A experiência foi muito bacana, mas muitos não acreditavam no racismo. É o
chamado racismo à brasileira, um racismo velado e que hoje todo mundo está vendo, mas que sempre
existiu.

Quem estava lá, nessa época, como VJ? Com quem você convivia nos bastidores?
Diariamente, com a Maria Paula, Astrid Fontenelle, Zeca Camargo, Cuca e com o Otaviano. E com o
Thunderbird que, inclusive, era o que mais tinha uma consciência racial naquela época. E até hoje! Ele
é o único que é meu amigo até hoje.

O que foi mais marcante pra você no período em que esteve na MTV Brasil? Quais são as lembranças
mais significativas?

Foi ter lançado o CD da Marisa Monte. E isso reverberou na ida dela ao meu aniversário de vinte e três
anos. Isso ninguém me tira! (risos) E foi no começo da carreira dela, quando ela fez uma banda com
vários músicos negros. Inclusive, quero mandar um abraço pra todos eles, meus amigos queridos Jean
Pierre, que é o senegalês que fez o Obina Shok – uma banda dos anos oitenta que Gilberto Gil apadrinhou -, e Rubão Sabino, que foi baixista naquele álbum do Gilberto Gil, Banda Um. Todo aquele
baixo naquele álbum é do Rubão Sabino. Tinha o Skowa no vocal e o Bukassa no vocal também. Enfim,
a banda da Marisa era toda preta. Jean Pierre, que depois virou tecladista do Cidade Negra, falou:
“Vou levar Marisa (ao aniversário)”. E ela foi!

Teve um outro momento interessante que foi com o Seal e eu quero viver isso aqui em Londres. Ele
foi lançar um CD em São Paulo e eles marcaram um jantar com os VJs. E o Seal, me vendo ali com
dread igual ao dele, queria conversar comigo, mas eu não falava inglês. Eu não falava nada, eu só
decorava. Hoje eu penso que, no dia que eu encontrar com ele, vou dizer: “Seal, agora eu falo, Seal!”.

Teve apresentação da banda da Marisa Monte no seu aniversário?
Não, porque era numa boate. Além deles, nesse aniversário estava Benedita da Silva, Antônio Pitanga,
Carlinhos de Jesus, Elba Ramalho… A nata da musicalidade do Rio de Janeiro foi porque a MTV foi um
marco na televisão brasileira, né? Ela foi um acontecimento, cara! A gente não tinha internet e a
ligação que o nosso povo tinha de empoderamento veio com a MTV. Além de ter eu lá e o Felipe, tinha
aquela gama de videoclipes norte-americanos, de todo lugar do mundo, e a gente podia enxergar a
nossa comunidade em outro nível, em outro patamar. Saía daquele nível de novela de época, de
escravidão, pra mostrar os caras no hip hop, LL Cool J, Michael Jackson, Janet Jackson, Paula Abdul,
Neneh Cherry, Youssou N’Dour, Maxi Priest, Shabba Ranks… Era muita gente boa e muita gente preta
no poder! Hoje a gente vê na internet, mas naquela época não tinha internet. Então, a MTV foi um
boom, uma revolução na maneira de vestir, na maneira de se portar.

Você disse que lançou o CD da Marisa. Em que contexto e em qual programa, já que você
apresentava o “Reggae MTV”?
Naquela época, foi lançada uma lei do Ministério da Cultura em que todos os veículos tinham que
passar cinquenta por cento de produto nacional. Até então, os veículos de comunicação tocavam só
música estrangeira. Com essa lei, a MTV ajudou a levantar a moral da música brasileira. Então, o CD
da Marisa Monte foi lançado na MTV e tinha a produção do Nelson Mota. Eu lembro até de uma
situação bacana: Nelson Motta foi meu primeiro patrão e ele foi visitar o prédio da MTV. Ele foi na
sala dos VJs e falou: “Olha, essa aí, fui eu que descobri. Ela foi minha bailarina no Mama África”. Mama
África era uma boate que ele tinha no Morro da Urca. Todos os grandes nomes da MPB cantavam lá
e eu fazia os solos de dança afro. Quando eu fui pra MTV, eu já tinha uma carreira na dança afro, já
tinha dançado com a Leci (Brandão) e tal. Voltando à sua pergunta, quando me contrataram, eles me
chamaram pra fazer o programa “50% Nacional”, que lançou o single da Marisa Monte, o “Beija Eu”.
Quem apresentou “Beija Eu” primeiro na MTV fui eu. Foi outro momento bom também.

Mais algum lançamento importante que você apresentou?
Teve o lançamento do “Black or White” do Michael Jackson. Eu lembro que foi uma disputa incrível
na MTV! Todos os VJs queriam apresentar, mas a cúpula da MTV decidiu que quem ia apresentar era
eu. Eu tava linda, com uma roupa linda! Foi muito maneiro esse dia.

Há registros dos seus programas na internet? Dá pra matar a saudade da Rita e do “Reggae MTV”?Antes de eu vir pra Europa, eu pedi um material em betacam ao pessoal da fitoteca da MTV. Eles me
deram e falaram que aquilo era tudo o que eu tinha na MTV. E eu perdi essas fitas numa viagem de
ônibus pela Europa. Todo mundo me pergunta: “Mas não tem registro?” Eu não tenho porque eu
perdi essas fitas. Eles devem ter, pois quando eu produzi o “Reggae MTV”, fiz toda a catalogação dos
vídeos.

E não tem nada no Youtube, por exemplo?
Nada!

Então você começou no “50% Nacional” e depois foi produzir e apresentar o “Reggae MTV”. Eles
ficaram simultaneamente no ar?

Na MTV era tudo muito mutante. O “50%” deve ter ficado uns seis, sete meses no ar. O “Reggae MTV”
ficou mais. Ele foi lançado como um especial de carnaval e foi ficando. O “Reggae” era um programa
muito foda! Era um programa de informação também. Eu falava sobre Malcom X, sobre Nelson
Mandela, sobre o Apartheid na África do Sul, falava sobre a África. Era um programa completo, mas
durava só meia hora.

E por que você saiu da MTV?
Depois da transição de VHF pra UHF, a audiência diminuiu bastante. Fizeram alguns cortes, baseados
em pesquisas. Viram que o “Reggae MTV” aparecia tanto na lista dos programas mais queridos como
também na lista dos mais odiados. Na verdade, quem tinha a audiência mais forte da MTV era o
pessoal do rock. E quando mudou pra UHF, aquela coisa da TV via satélite, as pessoas negras e com
menor poder aquisitivo não tinham acesso e a minha audiência diminuiu. Depois de muito tempo, eu
fui pra São Paulo e um VJ falou que, na verdade, a minha saída foi por racismo. Eu não posso afirmar
que foi porque não tenho provas. Mas parece que houve uma puxada de tapete de um pessoal que
fazia parte da assessoria de imprensa.

Como assim?
Teve um festival no Brasil que se chamava “Coke Reggae Time” e a MTV estava tentando contato com
a banda Living Colour. Como a MTV dos EUA estava sofrendo um boicote da comunidade negra,
muitos artistas negros estavam meio que boicotando a emissora. Pelo que eu soube, a assessoria de
imprensa da MTV estava tentando fazer contato com a banda e não estava conseguindo. Por eu ter
uma abertura com os músicos, consegui furar o bloqueio e falar com o os meninos no camarim. Foi aí
que a gente convidou os rapazes do Living Colour pra fazer meu programa. Eles falaram que não iam
fazer nenhum outro programa na MTV, mas que queriam fazer o meu programa por eu ser negra.
Depois de um tempo, fiquei sabendo que a minha saída se deu também por causa disso.

Em vez de reconhecer a sua importância…
A gente sabe o que acontece, né? A gente sabe o que rola.

Você chegou a receber outras propostas de trabalho na área da comunicação ou na música, depois
de sair da MTV?

Não. Na verdade, eu encerrei meu último programa com o Serginho Meriti, um dos meus padrinhos
de carreira. A gente tinha uma banda de reggae nos anos 80, a D.I.A.O.P. E a ideia era a gente retomar
a banda, depois que eu saísse da MTV. Mas a vida foi muito doida, eu casei e engravidei. Então, não
aconteceu. Mas isso não tá longe de acontecer. A gente continua conversando, eu e Meriti. A Jussara
do Circo Voador gostava tanto da banda que colocava a gente pra abrir show do Tim Maia, do Jorge
Ben Jor, de uma galera assim, na década de oitenta. Tudo isso, antes da MTV.

E hoje? Quem é a Rita, atualmente? Por onde anda e o que tem feito?
De lá pra cá, eu fiz tanta coisa. Casei com um britânico, saí do Brasil, vim pra cá (Londres) pela educação
dos meus filhos. Eles cresceram aqui, foram educados aqui. Só que eu me separei e me vi só. E fui
realmente viver a cultura londrina, comecei a estudar porque na época da MTV eu não falava inglês.
Mas aí, eu tive uma depressão, porque me separei e porque tenho uma doença hereditária que é a
artrose. Em 2016, eu operei os meus joelhos. Então, após a separação eu fiquei também debilitada, a
ponto de não poder trabalhar normalmente.

E isso me fez depender do governo britânico. Além disso, ganhei um calote do meu ex-marido, que é produtor internacional de shows. Talvez, se se eu fosse uma mulher branca, isso já teria vindo à tona. Muitos amigos meus sabem disso, inclusive os que trabalham na mídia. Eu tenho todos os documentos do acordo de divórcio e não tô blefando. Posso provar. Como aqui, tudo vale muita grana, eu não tenho o dinheiro pra reabrir o processo, mas é um processo que já foi sacramentado e eu não tenho que ir à instância nenhuma pra poder resolver.

Ele só tem que me pagar. As circunstâncias que eu vivo hoje não são das melhores. Agora, eu sou uma
estudante de Serviço Social e o curso é muito importante para que nós, imigrantes negros, possamos
saber dos nossos reais direitos. Então, eu vi nessa oportunidade de estudar, uma possibilidade de
entender um pouco do sistema britânico e poder ajudar outras pessoas, outras mulheres. Quando eu
falo nesse acordo de divórcio com meu ex, eu só quero o que é me é de direito pela dedicação que eu
tive nos quatorze anos que vivi com ele.

Aquela coisa de reparação, de fazer a roda girar. Meu pai, aos
quarenta anos, sofreu um acidente de trabalho e ficou tetraplégico. Ele morreu no ano passado e eu
fiquei sabendo que ele morreu com deficiência alimentar porque o dinheiro que eu mandava pra ele
se sustentar no Brasil não tava dando. Eu não tive condições de trazê-lo e não tive condições de ir ao
funeral no Brasil. Mas também foi um pacto que eu fiz com ele. Ele falava: “Minha filha, você não tem
nada que fazer aqui. O Brasil só mata preto. Ainda mais preto inteligente como você”.

Sinto muito… Mudando um pouco de assunto, Rita, você pensa em voltar pra TV ou exercer alguma
atividade parecida? Quais são os planos para o futuro?

Eu sempre penso e tô aberta a convites e propostas. Mas minha meta pro futuro é conectar o Brasil
com essa comunidade preta britânica que eu amo. Pode ser um canal, um projeto, uma atividade
musical, alguma coisa. Depois desse curso de assistente social, eu quero trabalhar com musicoterapia.
Eu não posso nem me programar muito, pois meu foco agora é terminar esse curso. Hoje eu também
dou aulas de “forró sentado”, que era uma coisa que eu tava muito a fim de fazer, depois da minha
cirurgia. A gente tá fazendo esse projeto para as senhoras com problemas de mobilidade da
comunidade de língua portuguesa, aqui na Inglaterra. É uma atividade bem bacana, é a realização de um sonho! Eu fico feliz de poder contribuir com uma vida de mais vitalidade pra essas senhoras. É
num centro comunitário e elas fazem os movimentos do forró, mas sentadas. Muitas são de Portugal,
Moçambique, Cabo Verde, Angola, Brasil…

E o agogô? Numa conversa anterior, você falou muito desse instrumento que, pra você, representa
uma conexão com o Brasil.

O agogô é um instrumento incrível e minhas últimas conexões têm sido muito em função dele. Eu
também sou cozinheira e um dia, com o agogô na rua, ele me fez conectar com meu atual patrão, um
rapaz que tem um restaurante em Lambeth, uma área completamente preta de Londres, que é
Brixton. É muito legal porque eu tô cozinhando pra essa comunidade e minha meta era me conectar
a comunidade black britânica.

Quando eu tive um negócio aqui na minha casa, eu não consegui com a minha comida brasileira por causa de vários aspectos; falta de apoio do meu ex-parceiro e também a barreira da língua. Quando eu abri o meu negócio, eu não dominava o inglês. Por isso, fiquei muito dependente do meu ex-marido e ele nunca me apoiou. Então, agora, nessa área de alimentação, eu tô fazendo uma comida vegetariana de qualidade e indiana pros black britain. Então, isso veio através do agogô. Meu chefe também é DJ e apaixonado pela música brasileira. A música brasileira é uma das mais completas e mundialmente admirada. Infelizmente, parece que essa informação não chega até os músicos do Brasil, mas cara, vocês são os melhores!

E por falar em música, o que você tem escutado ultimamente? Quais artistas?
Tô ouvindo Gilsons. Eles acabaram de fazer um show aqui na Europa e foi um sucesso. A música deles
me ajudou muito, foi um acalanto na época da pandemia. A partir daí, comecei a praticar o agogô com
a música deles. Gilsons tá sendo um grande presente que o Gil deu pra gente. Ouço muito afrobeat
também. Amo Burna Boy! Gosto muito do Stormzy, que saiu na capa da Vogue britânica. Ele é hip hop
singer e fala muito dos problemas da juventude black britânica.

O reggae e a cultura jamaicana ainda estão presentes na sua vida?
Demais! Eu ouço Bob, The Wailers… Reggae mesmo, eu gosto dos antigos, old school. A cena nova eu
não pesquiso muito, mas vou até pesquisar depois dessa entrevista.

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