Pedido da Comissão solicita que a Procuradoria Geral da República abra uma investigação e considera a prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro.
Em meio a repercussão da megaoperação realizada no Complexo da Penha na última terça-feira (28), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados enviou ao Procurador Geral da República (PGR), Paulo Gonet, um pedido formal para que seja aberta uma investigação sobre a operação realizada e que seja considerada a prisão preventiva do governo do estado, Claúdio Castro.
Segundo o documento apresentado, os deputados signatários argumentam que a operação apresenta “fortes indícios de ter ultrapassado os limites da lei, da proporcionalidade e do respeito aos direitos humanos”. Na megaoperação 121 pessoas morreram, e alguns corpos só foram encontrados no dia posterior a operação por moradores da comunidade, que afirmam que algumas pessoas estavam com decapitadas, esfaqueamentos e mutilações.
O presidente da comissão, deputado Luiz Otoni Reimont (PT), avaliou que “a gravidade dos acontecimentos e o risco de novos massacres exigem uma resposta imediata das instituições democráticas”.
No documento enviado pela Comissão também cita denúncias de execuções sumárias e graves violações do direito à vida e que essas evidências demandam uma investigação independente.
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O que diz Cláudio Castro
O governador do Estado do Rio de Janeiro, até o fim dessa reportagem não havia se pronunciado sobre o pedido feito pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Anteriormente Cláudio Castro, em coletiva de imprensa afirmou que considerada que as “únicas vítimas são os policiais”. O governador também afirmou que a operação teria sido “um sucesso”
