A Região Metropolitana de Belo Horizonte recebe a programação do Circuito Metropolitano de Hip-Hop e Culturas Urbanas. O evento é organizado pelo Vamos Juntos Periferia, Instituto Macunaíma e, em parceria com a Nação Hip-Hop Brasil. A programação tem foco na qualificação técnica e artística através de rodas de conversa, workshops e debates.
A noite de abertura aconteceu na última quinta-feira (06), mas a programação continua no próximo dia 16 na cidade de Itaúna. O Circuito ocorrerá de maneira descentralizada, e neste ano, ocupará a pista de skate do Barreiro, Associação Coletiva, na regional Norte de BH; Ocupação Pátria Livre, na regional noroeste; a cidades de Conselheiro Lafaiete, Itaúna, e o encerramento com a realização da 4ª Edição do Seminário Colaborativo será na região central de BH.
O evento tem como público mobilizador aqueles que se organizaram em torno da cultura Hip-Hop como agentes culturais, artistas, produtores, organizações, coletivos, pesquisadores e, claro, a juventude. Entre as oficinas realizadas estarão: Música e Improvisos (RAP, MC e Batalha); Breaking e Danças Urbanas (trabalhando a expressão corporal); DJ e Produção Musical (Discotecagem e produção de Beat); Graffiti e Artes Urbanas (Técnicas de Desenho e Escritas Urbanas); Sarau e Slams (Poesia, Literatura e Escrevivências).
Além de reforçar a força do Hip-Hop e das culturas urbanas, o Circuito também se afirma como um agente social, como destaca Rodrigo Zacarias, presidente do Instituto Macunaíma, projeto que atende crianças e adolescentes no Barreiro.
“O Circuito é uma contribuição enorme para o trabalho que realizamos aqui ao longo do ano. Em um único evento as crianças têm acesso à arte, cultura e educação. Tudo isso, num contexto que conversa com a realidade delas com pessoas que até mesmo fazem parte das suas comunidades”, ele reflete.
O evento tem o apoio de parcerias locais e do poder público, como a Prefeitura de Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete e o Governo de Minas.
O presidente nacional da Nação Hip-Hop e curador do Circuito Metropolitano, Negro F, fala sobre a importância dessa cultura para o país. “A cultura Hip-Hop e elementos alcançaram território que são negligenciados pelo poder público, e se conectam e ecoam a voz das juventudes negras e periféricas. Então hoje a nossa luta enquanto cultura é que o Hip-Hop seja considerado uma política pública e tenha reconhecimento, investimento e valorização”, pontua.
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