O Rio Grande do Sul enfrenta mais uma vez os efeitos devastadores das chuvas fortes e persistentes que atingem o estado desde o início da semana. Dados divulgados pelo Brasil de Fato, mostram que já são 132 municípios afetados, segundo dados atualizados pela Defesa Civil estadual. As consequências são visíveis: ruas alagadas, famílias fora de casa e estradas bloqueadas.
Até o momento, quatro pessoas morreram, uma está desaparecida e outras duas ficaram feridas. Além disso, mais de 7.300 pessoas precisaram sair de suas casas, sendo 6.258 desalojadas (abrigadas por amigos ou parentes) e 1.071 desabrigadas, que estão sendo acolhidas em 41 abrigos públicos, como escolas e ginásios, em pelo menos 24 municípios, segundo informações publicadas pela Folha de S. Paulo.

Uma das cidades que decretou estado de calamidade pública foi Jaguari, na região central do estado. Moradores relatam que o nível do rio subiu rapidamente, invadindo casas e comércios.
A força das águas também tem impactado os principais rios da região. Os rios Uruguai, Ibirapuitã, Ibicuí, Jacuí, Sinos e o canal do Guaíba estão com nível elevado, em estado de alerta ou de inundação, de acordo com o monitoramento da Sala de Situação do RS. Embora em algumas áreas os rios estejam começando a baixar lentamente, o risco de novos alagamentos ainda não está descartado.
Segundo o professor Rodrigo Paiva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), eventos climáticos extremos como este estão se tornando cada vez mais comuns. “É a terceira enchente grave em um curto intervalo de tempo. Isso mostra que estamos diante de um novo padrão climático, com chuvas mais longas e intensas”, alerta Rodrigo.
Apesar da trégua prevista nas chuvas nos próximos dias, o tempo deve permanecer instável. A previsão aponta para a chegada de uma frente fria, com temperaturas negativas, geada e até possibilidade de chuva congelada, especialmente nas regiões da Serra, Metropolitana e Missões.
Enquanto isso, equipes de resgate seguem trabalhando dia e noite. Até agora, foram resgatadas 733 pessoas e 139 animais, segundo o governo estadual.
O que você precisa saber para se proteger:
- Evite áreas alagadas ou com risco de deslizamento;
- Fique atento aos alertas da Defesa Civil (SMS 40199);
- Tenha documentos e itens essenciais guardados em locais seguros e altos;
- Se for necessário sair de casa, leve roupas de frio, documentos e medicamentos.
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