O comerciante chinês Jiyoug Yu, indiciado por racismo contra uma mulher que se candidatava a uma vaga de emprego em sua loja, no Méier, na Zona Norte do Rio, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão do juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese se deu em audiência de custódia realizada neste sábado (22).
Na última quinta, Beatriz Souza, de 26 anos, entrou no estabelecimento de Jiyong Yu após ver, na fachada, o anúncio de contratação. A moça contou ter sido destratada pelo comerciante que apontava para a sua pele.
Com a chegada de agentes do programa Segurança Presente Yu alegou não saber falar português, mas disse aos policiais, por meio de um aplicativo de tradução, que a mulher tinha cor “abaixo do padrão”. Ele foi detido em flagrante e conduzido até a 19ª DP (Tijuca) pelos agentes do Segurança Presente.
A audiência do último sábado foi acompanhada por um intérprete, já que o chinês não se expressa em português e, assim, garantindo o seu integral conhecimento da sessão.
Em sua decisão, o juiz destacou que “em razão da gravidade em concreto do crime, considerando que o indiciado teria negado uma vaga de emprego a vítima em razão de sua cor, o que teria se dado por três vezes, inclusive na presença de policiais, sem se olvidar dos indicativos de que ele teria debochado da situação, o que, a priori, revela total menoscabo com uma cidadã que teve tolhida a possibilidade de concorrer para uma vaga de emprego em decorrência de sua cor, o que caracteriza o nefasto crime de racismo…”.
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