Caruru de Cosme e Damião agora é Patrimônio Imaterial da Bahia

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Nesta sexta-feira (27), Dia de Cosme e Damião, foi oficializado em publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia que o famoso e tradicional caruru dedicado aos santos católicos e que homenageia as divindades do candomblé, os Ibejis, agora é Patrimônio Imaterial da Bahia. “Fica registrado, no Livro do Registro Especial dos Saberes e Modos de Fazer, o tradicional Caruru de São Cosme e São Damião, como Patrimônio Imaterial da Bahia“, consta no documento.

A decisão de tornar a iguaria patrimônio do estado aconteceu na última semana, pelo o Conselho Estadual de Cultura (CEC), que votou e aprovou por unanimidade, em entregar o Registro Especial da Festa do Caruru de São Cosme e São Damião como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia ao prato que é feito com quiabo cortado, camarão seco, azeite de dendê e outros temperos. 

Os estudos que tornaram a entrega do título possível foram realizados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

Oferendas de Caruru de São Cosme e Damião diante dos santos / Foto: Arquivo pessoal de Táta Ricardo

Durante a aprovação da entrega do título ao Caruru, a vice-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) Evanice Lopes, explicou a importância cultural da iguaria que é servida junto a festividades e rituais tanto católicos, quanto de regiões de matriz africana.

Não nos deixa dúvidas de que a Festa do Caruru de São Cosme e São Damião é uma das principais e mais antiga manifestação religiosa popular baiana, reunindo características próprias na junção de símbolos místicos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estratégia de festejar, celebrar e agradecer”, disse.

O título foi oficializado em publicação no Diário Oficial do Estado e será entregue em uma solenidade durante o I Seminário de Patrimônio Imaterial – Reconstruindo Memórias, no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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