Câmara dos Deputados aprova projeto de política de proteção às trabalhadoras domésticas resgatadas de trabalho escravo

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O Projeto de Lei (PL) 5760/23, que prevê instaurar uma política de apoio e proteção para o trabalhador ou trabalhadora doméstica resgatado de condição análoga à escravidão, foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (03). Agora o texto segue para ser analisado pelo Senado.

O PL é de autoria do deputado Reimont (PT-RJ), e foi aprovado com mudanças no texto original, feitas pela relatora, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Na proposta aprovada os trabalhadores resgatados nessas condições devem ser inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e em cadastros de programas sociais estaduais e municipais.

O texto aprovado concede mais proteção para as trabalhadoras resgatadas /Foto: Agência Brasil

Além disso também terão direito a medidas protetivas se dterminadas pelo juiz, e caso atendam os requisitos paa o progama, terão prioridade na concessão de Bolsa Família. Esse direito já abrange todas as pessoas resgatadas de condição análoga à de escravo. Em 2023, 3.190 trabalhadores foram resgatadaos nessa condição, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Dentre as ações estabelecidas para a proteção desses trabalhadores, também está o aumento de três para seis parcelas a receber pelas pessoas resgatadas, e se no processo a vítima tiver sofrido lesão corporal, a pena do acusado poderá ser de 2 a 5 anos de reclusão, enquanto a pena padrão é de detenção de três meses a um ano.

São disposições que contribuirão para resgatar não somente as pessoas submetidas ao trabalho doméstico em condições análogas à de escravo, mas também a sua dignidade e cidadania, muitas vezes vilipendiadas por décadas ou, pior ainda, por toda uma vida“, disse a relatora Benedita da Silva.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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