Fonte: AFP
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou, nesta quinta-feira (4), acusações contra quatro policiais pela morte a tiros, em 2020, da afro-americana Breonna Taylor em seu apartamento em Louisville. Taylor se tornou um símbolo do movimento Black Lives Matter.
O titular do Departamento de Justiça, o procurador-geral Merrick Garland, disse que os agentes estão sendo acusados de crimes contra os direitos civis, abuso da força e obstrução da Justiça.
A Justiça estadual havia acusado apenas um dos agentes, e nem mesmo esse acusado respondia pela morte da jovem, mas por ter “colocado em perigo” o seu vizinho, por disparar através de uma parede.
Esse policial, Brett Hankison, foi absolvido em março, o que provocou a ira dos ativistas antirracismo.
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Por outro lado, a Justiça federal, que realizou uma investigação paralela, o acusa de “uso excessivo da força”, anunciou Garland em coletiva.
Também acusa três de seus ex-colegas de mentirem sobre a ordem de busca e apreensão que desencadeou a tragédia.
“Os acusados sabiam que o depoimento sob juramento em apoio a esse mandado continha informação falsa e enganosa, e que foi omitida outra [informação] importante”, disse Garland.
Eles “sabiam que poderia gerar uma situação perigosa e afirmamos que essas ações ilegais provocaram a morte de Taylor”, afirmou.
Os três agentes, que não participaram da batida, “tomaram medidas para encobrir sua conduta ilegal” e mentiram ao FBI, segundo o procurador-geral.
Fonte: AFP