Neste domingo (04) a boxeadora camaronesa Cindy Ngamba conquistou a primeira medalha olímpica da história da equipe de refugiados. A atleta de 25 anos avançou para as semifinais da categoria até 75 kg, após derrotar a francesa Davina Michel, e já tem garantida pelo menos uma medalha de bronze.
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Cindy foi se refugir no Reino Unido, onde vive há 15 anos, pois em Camarões relações homossexuais são ilegais desde 1972. A tricampeã britânica em três categorias de peso diferentes ainda tenta possuir o passaporte britânico, mas continua treinando no país.
A boxeadora ainda disputa a semifinal na próximo quinta-feira (08), às 17h15 (de Brasília), contra Atheyna Bibeichi Bylon, do Panamá, mas, como não há disputa pelo terceiro lugar, já tem a medalha e o pódio.
A delegação de refugiados começou a competir nos jogos na edição de 2016, no Rio de Janeiro, e nesta edição em Paris já conta com o maior número de atletas desde então. São 36 atletas classificados como refugiados pela ONU (Organização das Nações Unidas) competindo sob a bandeira do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Todos eles vindos do Afeganistão, Síria, Irã, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Eritreia, Etiópia, Camarões, Cuba e Venezuela.
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