Nesta quarta-feira (14), Jair Bolsonaro (PL) decidiu intervir no orçamento de 2024, de modo que mandou Paulo Guedes e Marcelo Queiroga tomarem as medidas necessárias para recompor o dinheiro destinado ao Programa Farmácia Popular do Brasil. O ministro da Economia informou ao presidente que o corte foi feito para respeitar o teto de gastos, mas assessores avaliaram a decisão como uma “medida equivocada”.
De olho nas eleições, Bolsonaro decidiu não acatar o plano dos ministros de diminuírem o valor do orçamento do programa para o próximo ano. A proposta dos ministros era reduzir a verba para distribuição gratuita de medicamentos e produtos do Farmácia Popular em 60% no Orçamento da União de 2023.
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, a intenção dos ministros era reduzir a verba do programa no ano que vem dos R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões na proposta de lei orçamentária de 2023. Uma diminuição que representa mais da metade do ano anterior. Assim, a medida afetaria o acesso da população de baixa renda a 13 tipos diferentes de medicamentos usados no tratamento de diabetes, hipertensão e asma, além de restringir a distribuição de fralda geriátrica.
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O candidato a Deputado Federal André Janones (Avante-MG), que está atuando nas mídias sociais, destaca em suas mensagens que o governo cortou a verba do Farmácia Popular para preservar verbas para o “orçamento secreto” no ano que vem. O dinheiro no qual privilegia deputados e senadores da base governista dentro do Congresso Nacional.
O comitê da reeleição alertou o presidente Bolsonaro para o corte no programa Farmácia Popular, avaliado como uma medida negativa e uma munição para o PT neste ano eleitoral. Uma vez que o valor de outras despesas, como o do “orçamento secreto”, foi preservada.
Avisado por sua equipe do comitê de campanha, o presidente comunicou o Ministério da Economia sobre o corte feito no programa, além disso mandou que seja realizada a recomposição das verbas para o programa social.