O Governo Federal identificou um aumento de 4,73 milhões de irregularidades no programa Bolsa Família, entre os anos de 2019 e 2022, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), totalizando 283% a mais do que o identificado em 2018, último ano de mandato de Michel Temer.
Os dados, obtidos pelo portal UOL, revelam que, até o dia 23 de julho, 6,4 milhões de pagamentos do programa de distribuição de renda foram feitos de forma irregular, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Ainda de acordo com a pasta, as chamadas “qualificações cadastrais” deve ser feitas anualmente, mas nos anos de 2020 e 2021 não foram realizadas, principalmente pela pandemia da Covid-19 e também pela implementação do Auxílio Emergencial que atingiu o público do Bolsa Família.
O ano de 2022 foi o que registrou maior número de irregularidades, chegando a 5,9 milhões de pagamentos incompatíveis. Segundo o Governo, até o início de agosto deste ano, 934 mil beneficiários do Programa foram excluídos devido a irregularidades diversas.
A suspeita do Governo Federal é que possa ter ocorrido desmembramentos fictícios nas famílias para aumentar o valor recebido por cada pessoa, aumentando a renda familiar e essas irregularidades são identificadas ao cruzar dados do CadÚnico com outras bases de dados do próprio Governo Federal.
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Ao todo, o programa Bolsa Família atende mais de 21 milhões de família em todo o território nacional, com um pagamento médio de R$672 por família, totalizando um repasse mensal de R$1,33 bilhão para os beneficiários.