O Jardim Pantanal e Jardim Helena, bairros periféricos localizados no extremo leste da capital de São Paulo, em São Miguel Paulista, continuam alagados desde as fortes chuvas que impactaram a região desde o primeiro final de semana de fevereiro. Segundo a Defesa Civil do estado, os níveis de água seguem elevados na região, no sexto dia seguido com pontos de alagamentos.
Com isso, muitos moradores foram obrigados a abandonar suas residências e procurarem abrigo em outras áreas da cidade. Essa situação não é novidade para a comunidade, que sofre há 30 anos com enchentes e cheias por ser um distrito de ocupação irregular ao longo de nove bairros espalhados entre a divisa da capital e Guarulhos.
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Situado na localização conhecida como “várzea do rio Tietê”, o aumento significativo das chuvas, na maioria sendo um resultado das mudanças climáticas, só agrava a condição do ambiente que já proibia construções e loteamentos.
O Jardim Pantanal, foi um dos pontos da capital paulista mais atingido pelas inundações ocasionadas pelas tempestades, e segundo os moradores, eles contam apenas com a ajuda da própria comunidade com os alagamentos.
A Prefeitura de São Paulo afirma que irá realizar medidas emergenciais. O prefeito atual Ricardo Nunes descarta a solução por meio de obras por inviabilidade financeira. Defendendo o uso dos recursos para retirar as pessoas do lugar que está abaixo do nível do rio, invés de acelerar a construção de um dique que está há anos desde os governos anteriores sem finalização.
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