Associação argentina diz que no país imitar animais ‘não tem conotação racista’

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Após o vídeo em que mostra um casal de pessoas brancas imitando macacos em uma roda de samba que no Rio de Janeiro viralizar, a Associação Orff-Schulwerk Argentina se pronunciou em suas redes nesta terça-feira (23). A mulher que aparece no vídeo é argentina e é filiada à AAOrff, que afirmou que na Argentina, imitar animais “não tem conotação racista“.

A mulher estava no Brasil a convite do Fórum Latino-Americano de Educação Musical, que assim que o vídeo começou a circular, informou que ela não é associada ao fórum. O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que está investigando os envolvidos.

Em nota enviada ao Notícia Preta, a Polícia Civil informou que “testemunhas estão sendo ouvidas e diligências estão em andamento para identificar e intimar os autores para prestarem esclarecimentos na delegacia“.

Casal imita macacos durante roda de samba no Centro do Rio — Foto: Jackeline Oliveira

Na publicação, a Associação Orff-Schulwerk Argentina que diz que não tem fins lucrativos, e que “seus integrantes celebram a diversidade e repudiam categoricamente qualquer ato de racismo ou discriminação“. E finalizou afirmando que “seguirá trabalhando para proporcionar a todos a melhor qualidade de música, com o respeito que todos merecemos“.

A cena aconteceu na roda de samba Pede Teresa. A produção do evento repudiou o ocorrido. “Uma cena dessa é absolutamente inaceitável no Pede Teresa. Recebemos este vídeo hoje (sábado) cedo e o nojo toma conta de nossos pensamentos e palavras. Nojo. Nojo de toda essa branquitude disfarçada de paz e amor que vem no samba“, escreveu a produção.

Quem filmou o casal foi a jornalista Jackeline Oliveira, que destacou o problema do vídeo. “Isso não é brincadeira, não é deboche, é crime. Racismo é crime e não vamos mais tolerar“, escreveu em suas redes sociais.

Leia também: Casal é gravado imitando macacos em roda de samba no Rio e causa revolta: “Isso não é brincadeira, é crime”

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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