Necrotério na Baixada Fluminense está lotado e cadáveres estão pelos corredores

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Imagem enviada pela prefeitura mostra corpos acumulados, fora das gavetas refrigeradas Foto: Divulgação / Prefeitura de Duque de Caxias

A prefeitura do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, confirmou as imagens, divulgadas pelas redes sociais, de um necrotério lotado de corpos foram registradas no Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo. Segundo a prefeitura, há superlotação de pacientes na unidade de saúde e alguns corpos seriam de vítimas da Covid-19.

O necrotério do Hospital tem capacidade para 25 corpos, conforme a prefeitura informou ao jornal O Globo, e pelo menos 15 cadáveres estariam no corredor próximo ao necrotério localizado no subsolo. Ainda de acordo com a prefeitura, pelo menos 10 dos cadáveres são de vítimas da Covid-19. Os corpos seriam de pessoas cujas famílias não têm condições de arcar com o sepultamento. Nas imagens, é possível ver cadáveres acumulados dentro de uma sala, que seria o necrotério, além de corpos nos corredores.

O município registra, em média, 25 óbitos por dia. Em entrevista ao jornal O Globo, a diretora da unidade, Célia Fernandes, afirma que o número elevado de mortes provocou a superlotação do necrotério: “As gavetas refrigeradas já estavam quase totalmente ocupadas quando, em 24 horas, tivemos 18 óbitos. Três conseguiram gaveta e 15 ficaram do lado de fora. Outro fato é que muitas famílias não tem recursos e ficam aguardando atendimento gratuito”, afirmou ao GLOBO.

O IML (Instituto Médico Legal) de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, instalou uma câmara frigorífica em um espaço ao lado para armazenar corpos de vítimas da covid-19. A cidade, que contabilizava até a última sexta-feira (24), 40 mortes causadas pelo coronavírus, é a segunda mais afetada no estado do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital.

Prefeito deixa o hospital

Após passar 13 dias internado com coronavíus, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, recebeu alta nesta quarta-feira (22), conforme informou em nota a assessoria de imprensa do município.

O prefeito é acusado de demorar a decretar isolamento no município. No mês passado, Washington Reis declarou que manteria igrejas abertas porque a “cura virá de lá”, desrespeitando assim o decreto do Governo no Estado.


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