Ocorrerá nesta terça-feira (06), a 3ª edição do Clube de leitura do Rap, realizado pelo Centro Cultural de São Paulo (CCSP). O evento é gratuito e, esse ano, contará com as participações da MC Brisa Flow, da educadora social e Coordenadora da Biblioteca Comunitária Assata Shakur, Tati Nefertari, e do fotógrafo, pesquisador musical e historiador, Marco Aurélio.
O evento gira entorno de um debate sobre as obras musicais de MC Brisa Flow, destrinchadas em três versos de dois dos álbuns da MC, sendo eles: As de Cem, do disco Newen, lançado em 2016, e Etnocídio e Camburi, do projeto Janequeo, de 2022.
O debate será mediado pelo professor, curador e Doutorando em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), Viny Rodrigues, e apesar de ser um evento gratuito, para comparecer é preciso reservar os ingressos através do site ou na bilheteria do centro cultural.
O Clube de Leitura do Rap propõe uma reflexão sobre a escrita e o processo criativo das obras selecionadas de Brisa, utilizando da multilinguagem do bate-papo, música, poesia e literatura, através do encontro que cria um espaço de pensamento e expressão de opiniões onde os projetos líricos poderão ser amplamente acessados e compreendidos.
A Artista
Brisa de la Cordillera é o nome completo da artista ameríndia Brisa Flow, além de MC da cultura hip hop, Brisa é pesquisadora e defende a música indígena. Cursou licenciatura em música e decidiu se especializar na área de arte-educação, que defende como uma ferramenta contra o epistemicídio.
Brisa iniciou sua carreira no hip hop em Belo Horizonte, frequentando batalhas de rap e sua música traz mensagens sobre a sua vivência enquanto mulher ameríndia periférica na América Latina.
Leia mais: Museu da Vida fomenta debate de propostas para universidade indígena
MC Brisa Flow tem desenvolvido criações musicais desde o lançamento do seu primeiro álbum, intitulado Newen, que teve um retorno bastante positivo de críticas, sendo apontado pelo Estadão como um dos 20 melhores discos do ano de 2016.