Jogadores Ângelo e Joaquim sofrem racismo em jogo do Santos no Chile

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O atacante do time do Santos, Ângelo, foi chamado de “mono hijo de p*ta” (macaco, filho da p*ta) por um torcedor da equipe do Audax Italiano, na noite desta quarta-feira (24), em partida válida pela 4ª rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana, no Chile.

O caso aconteceu quando Ângelo saia pela lateral do campo, ao ser substituído, e um torcedor proferiu os insultos. Ângelo ficou sabendo no vestiário que o zagueiro Joaquim também foi xingado. Em entrevista ao canal “De Olho No Peixe”, o atacante desabafou

Ângelo foi uma das vítimas dos torcedores do Audax, do Chile – Foto: Divulgação/ Santos F.C

“(…) sai na mídia, todo mundo repudia, é incrível como as pessoas não amadurecem e não aprendem. Basta de racismo, é algo que machuca muita gente e que a punição seja feita”, disse o atacante. O jogador afirmou ter sido apenas um torcedor a xinga-lo, outros torcedores o xingavam, mas apenas um fez insultos racistas e fez gestos de macaco.

O jogador cobrou a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). “Eu espero que a Conmebol tome uma ação, olhe todas as câmeras do estádio ou da televisão, que olhem e façam algo que não seja só falar ‘basta de racismo’, que as pessoas tenham atitude, que a Conmebol tenha atitude”.

Perguntado se concordaria em tirar o time de campo, Ângelo respondeu positivamente. “Com certeza, tem que ser feita atitude, não adianta mais só a gente falar, só divulgar, só fazer nota, só comunicar, basta disso”. O atleta lembrou do caso recente de Vinicius Junior.

Leia aqui: Polícia Espanhola prende 7 suspeitos de ataques racistas contra Vinicius Jr.

O Santos publicou uma nota de repúdio em seu Twitter:

“O Santos Futebol Clube, novamente, vem a público denunciar e repudiar com veemência mais um caso de racismo no futebol. Dessa vez, os alvos das injúrias raciais foram nossos jogadores Ângelo e Joaquim. Os dois atletas foram atacados verbalmente e com gestos imitando macacos por torcedores adversários presentes na partida de hoje”, diz a nota.

O crime foi denunciado pelo Santos FC, ainda dentro do estádio, para os representantes da Conmebol. Com os dois casos registrados oficialmente, o clube aguarda o posicionamento da entidade diante desta situação inaceitável. Como já foi dito, o racismo não deve ser apenas combatido, mas também punido severamente”, finaliza.

Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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