O velocista Paulo André se emocionou durante sua participação no podcast Podpah, na noite da última segunda-feira (15). Durante a entrevista, PA, como é conhecido, lembrou alguns ataques racistas e os haters que o procuram pelo Direct do Instagram.
“Um dos meus maiores medos, e até emociono pra falar, é que eu tenho um filho, ‘né’? Meio medo é isso refletir nele. Eu entrei na parada de exposição e meu medo lá dentro [BBB] é ‘será que eu tô dando orgulho pra minha família?’. Porque eu tenho uma família, minha mãe vê tudo”, disse emocionado.
PA também enfatiza que a internet é um espaço que pode gerar muitas informações erradas e as pessoas precisam ter um filtro para não consumir as chamadas “Fake News”. “Eu sei que eu dou orgulho para o meu filho, mas a internet muda tudo. Do mesmo jeito que ela te levanta, ela te derruba, sem você ter feito p*** nenhuma. Eu não fiz nada. Não xinguei ninguém, não cometi crime nenhum. Só quero treinar e ser campeão”, diz o atleta.
Leia também: “Macaco e sagui”: Paulo André denuncia racismo contra ele e o filho
Ele também ressaltou que a sociedade ainda não está preparada para ver pessoas negras em posição de liderança. “É muito nítida algumas situações. Tipo, se você for pegando os fundamentos, vai pegando as peças e vê que a galera não tá preparada para ver o preto vencendo”, afirma.
Além dele, o filho também já sofreu racismo nas redes sociais. Em setembro de 2022, Paulo André denunciou, em seu Twitter, ofensas racistas que recebeu de um usuário da rede social. Os comentários foram direcionados a ele e ao seu filho, “PAzinho”, que, na época, tinha apenas um ano de idade.
Após o atleta postar fotos do aniversário do filho, no último dia 31 de agosto, ele recebeu mensagens no direct ofendendo os dois. Em uma delas, o seguidor faz alusão à decoração de “selva”. “Nossa ótima ideia selva porque já tinha o macaco e o sagui”, escreveu e as ofensas continuaram. “Ridículo como o pai”, completa.