A tarde da última quarta feira (27) foi de muita emoção e militância no Theatro Municipal de São Paulo. O rapper paulista lançou seu disco intitulado “AMArelo” com a casa cheia e em duas seções. Os ingressos foram vendidos no último dia 8 e esgotaram em 10 minutos.
Durante o show, Emicida se emocionou várias vezes e ressaltou a importância do momento para o movimento negro e a ancestralidade. “Muito importante trazer o show pra cá. Isso aqui é o resultado do sonho coletivo de muita gente. Essa conquista é o que anistia o espírito de quem veio antes de nós e sofreu”, avaliou.
Representatividade
O rapper lembrou também a importância dos negros ocuparem espaços que, historicamente, foram ambientes elitistas e brancos. “Há cinco séculos, a religião foi usada como argumento para justificar o sequestro de 12 milhões de pessoas. Aquelas pessoas foram obrigadas a caminhar cinco séculos, ouvindo que elas não tinham alma. Que a noite de hoje sirva para nos dizer que pegamos nossa alma de volta”, sentenciou.
Emoção
Durante as quase duas horas de show, várias pessoas se emocionaram, inclusive, o próprio Emicida, e já no final da apresentação, o rapper fez questão de cantar a faixa “Gueto”, que faz referência ao orgulho negro e ao funk ostentação. “Tá bom que nós ia vir no Municipal e não ia cantar essa. Onde estiver, onde pisar, nós sempre vai ser gueto”, cantou.