Cuca não ocupa mais o cargo de técnico do Corinthians. O treinador não resistiu à pressão pública desde que foi contratado na semana passada e deixou o clube paulista após apenas dois jogos. Desde o anúncio de sua chegada, vários torcedores do Corinthians protestaram nas ruas e nas redes sociais contra a contratação devido à condenação de Cuca por envolvimento em um caso de estupro de uma adolescente de 13 anos na Suíça em 1987.
Além da vitória sobre o Remo na última quarta-feira (19), Cuca dirigiu o time na derrota para o Goiás no último domingo pelo Campeonato Brasileiro. Ele tinha contrato com o Corinthians até o final da temporada.
Condenado por estupro em 1987
Cuca foi acusado e condenado juntamente com outros três colegas do Grêmio por abusar de uma adolescente de 13 anos durante uma excursão do time gaúcho pela Suíça. Ele foi condenado a 15 meses de prisão e multa, mas como o julgamento ocorreu à revelia, ele nunca cumpriu a pena. Além disso, o Brasil não tem um acordo de extradição para seus cidadãos.
Na entrevista de apresentação ao Corinthians, Cuca minimizou o fato, reafirmou sua inocência e afirmou ter poucas lembranças sobre o incidente. No entanto, em uma entrevista para o Jornal dos Sports em 1989, quando ainda era jogador do Grêmio, ele minimizou o caso e descreveu características da vítima.
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O técnico, que tinha 26 anos na época do crime, não revelou o nome da adolescente e afirmou que ela não parecia ter apenas 13 anos. Ele ainda disse que o ato foi consensual.
“A tal menina era do tamanho de um armário e não tinha cara de menina, não. Ela subiu para fazer sexo com um de nós no apartamento. O nome, reservo-me o direito de omiti-lo. Estávamos em pleno ato quando o pai dela apareceu e armou todo aquele escândalo. A partir daí, foram dias e noites infinitas. Eu estava há cinco dias no Grêmio e com um contrato de cinco meses para cumprir. Pensei que estivesse tudo acabado para mim, embora tivesse consciência tranquila. Quando soube da repercussão do caso na imprensa brasileira, aí mesmo é que me desesperei”, declarou na época.
Advogado da vítima desmente Cuca
Em entrevista ao UOL, Willi Egloff, advogado da vítima, afirmou que as declarações de Cuca não procedem.
“A declaração de Alexi Stival é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor.”
“É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna”, completou.
