Um levantamento realizado pelo Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena do Ministério da Saúde revela que mais da metade das crianças indígenas Yanomamis, de até cinco anos, estão abaixo doo peso ideal.
No ano de 2022 foram atendidas 4.040 crianças e destas, 2.109 estavam abaixo do pesou ou muito abaixo do peso, representando 52,2% dos atendimentos. Os anos de 2019 e 2020 também foram de números elevados. 54,5% das crianças indígenas atendidas estavam com quadro de desnutrição.
Em 2021, foi o pico de desnutrição entre os indígenas, chegando a 56,5% de pessoas nesta faixa etária em situação de desnutrição. O número não contempla todas as crianças, mas somente as que procuraram o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Sistema Único de Saúde (SasiSUS), acompanhadas pela Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN).
O maior aumento percentual foi entre os anos de 2018 e 2019, já no primeiro ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os números saltaram de 49,7%, no último ano da gestão Michel Temer, para 54,5%, no ano de 2019.
Entenda
Em janeiro deste anLeia também: o, a Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, denunciou a morte de 570 crianças Yanomamis, na maior reserva indígena do Brasil, em Roraima. Além disso, vários adultos também passavam por necessidades na localidade.
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Desde o dia 20 de janeiro que o Governo Federal decretou emergência de saúde pública na reserva para viabilizar o atendimento mais rápido aos indígenas. Ainda de acordo com Ministério da Saúde, a situação dos Yanomamis é agravada pela atividade de garimpo ilegal que contamina as águas dos rios, impossibilitando a pesca e o consumo de água.
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