A espera é longa. Em suas contas oficiais nas redes sociais, o Goiás Esporte Clube cobrou punição ao autor de ofensas racistas direcionadas ao meia Fellipe Bastos. O ato, cometido em maio de 2022, segue sem solução.
Aliado a isso estão os recorrentes casos de racismo no futebol, seja evidenciado na última edição da Libertadores da América, contra Vini Jr, e até no basquete. Afirmando esperar a punição do racista há 275 dias, o Clube questiona. “Até quando os racistas viverão livremente em nossa sociedade sem pagar pelos seus crimes?”
“Basta de impunidade! Racismo é crime e não deve ser tolerado de forma alguma!”, complementa. Mesmo com o caso considerado encerrado, o Goiás relembra a imagem do autor das ofensas e cobra punição.
Pedindo ajuda para identificar o autor do crime, o Goiás pede que qualquer informação sobre o suspeito seja denunciada pelo 197.
Relembre o caso:
Em maio de 2022, durante partida entre Atlético-GO e Goiás no estádio Antônio Accioly, pelo 1º turno do Brasileirão, o meia Fellipe Bastos disse ter sido chamado de “macaco” por um torcedor do Atlético-GO.
Posteriormente, Fellipe Bastos registrou o caso no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (GEACRI), em Goiânia. Além do atleta, também foi ouvido um funcionário do Goiás, e houve coleta de imagens e outros documentos.
Em agosto do ano passado, a Polícia Civil divulgou a foto do torcedor suspeito do crime de racismo contra o volante Fellipe Bastos. Apesar da divulgação da foto, o homem procurado ainda não foi identificado. Segundo a Polícia, ele vai responder pelo crime de racismo.
O Atlético-GO chegou a perder o mando de campo, como forma de punição, mas entrou com recurso. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o recurso do Atlético-GO decidiu retirar a perda de mando de campo, imposta anteriormente e aplicar apenas pena pedagógica. Além disso, a multa de R$ 50 mil caiu pela metade: R$ 25 mil.