Em homenagem ao Mês da História Negra, o Doodle desta quarta-feira (8) celebra a modelo americana-haitiana e defensora dos direitos das pessoas com deficiência, Mama Cax. Ilustrada pelo artista convidado do Brooklyn, Lyne Lucien.
No dia em que se completam quatro anos de sua estreia nas passarelas da Semana de Moda de Nova York, ela é homenageada pelo Google na página inicial do buscador de internet. Mama Cax é mais conhecido por quebrar as expectativas em torno da beleza. A modelo e advogada desfilou pelas passarelas em sua perna protética, muitas vezes projetada com cores e padrões.
Quem é Mama Cax
Nascida como Cacsmy Brutus no dia 20 de novembro de 1989, em Nova York, nos Estados Unidos, ela passou boa parte da vida em Porto Príncipe, no Haiti. Aos 14 anos, foi diagnosticada com um câncer no pulmão e nos ossos.
Dois anos depois, Cax precisou ser submetida a uma cirurgia para colocar uma prótese no quadril — durante o procedimento, sua perna direita acabou amputada. “Num primeiro momento, ela ficou deprimida e demorou a aceitar a prótese na perna, porque ela gostaria que o equipamento parecesse mais realista e estivesse mais próximo de seu tom de pele”, descreve o Google.
Com o passar do tempo, Cax passou a expressar seu estilo por meio de roupas, maquiagens e cabelos cada vez mais coloridos. Nesse período, ela também passou a usar próteses de perna com vários motivos artísticos.
Representatividade
“Conforme o movimento da positividade corporal cresceu, Cax percebeu que mulheres negras e com deficiência eram pouco representadas nas mídias sociais”, informa o Google.
Ela começou então a fazer postagens regulares nas redes, em que defendia a inclusão dessas pessoas no mundo fashion. Em 2017, ela estreou sua primeira campanha de moda. Um ano depois, foi capa da revista Teen Vogue.
Nesse período, a haitiana-americana se tornou modelo de grandes marcas, como Sephora, Asos e Tommy Hilfiger. Em 8 de fevereiro de 2019 — há exatos quatro anos — Cax desfilou na Semana de Moda de Nova York.
Leia também: Google homenageia Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil
Nesse mesmo ano, o câncer da modelo se agravou e ela morreu aos 30 anos. “Como uma sobrevivente do câncer, ela se acostumou a enfrentar de frente e com sucesso os vários desafios da vida. É com essa mesma coragem que lutou em seus últimos dias”, escreveu à época a família de Cax numa postagem nas redes sociais.