Mancha Negra, torcida do Vasco repudia cantos homofóbicos em São Januário

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Por meio de nota, a torcida Mancha Negra Vasco repudiou os cantos homofóbicos entoados na arquibancada durante a partida entre Vasco e Resende, em São Januário, na última quinta-feira (2), pela sexta rodada do Campeonato Carioca. O ato, contudo, não consta na súmula da partida.

Alegando ser contra qualquer tipo de preconceito, o grupo cita trecho do Manifesto das Torcidas do Vasco da Gama, em que diz que “a luta contra a homofobia e contra a transfobia não pode passar ao largo do nosso clube e daqueles que os seguem. Se o futebol é um vetor de mudança da sociedade, a torcida do Vasco decide por se posicionar, mais uma vez, em favor do respeito, igualdade e diversidade”.

A própria torcida repudiou os atos homofóbicos – Foto: Reprodução/YouTube Mancha Negra

No momento em os cantos começaram a ganhar corpo na arquibancada, no decorrer do jogo, a bateria da Mancha Negra parou de tocar “para não dar continuidade ao desrespeito e preconceito onde todo vascaíno se sente acolhido”.

Confira a nota na íntegra:

O Vasco é o legítimo clube do povo, com isso, abraçamos a causa da diversidade. Diante disso, gostaríamos de citar que a Mancha Negra Vasco é completamente contra a qualquer tipo de preconceito. Adotamos a diversidade e mais do que nunca, respeitamos.

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Diante do acontecido na partida entre Vasco x Resende, em São Januário, nós não compactuamos com os cantos homofóbicos aplicados na arquibancada. É de extrema importância, que através dessa nota de esclarecimento, reforçar mais uma vez que não estamos de acordo com tal atitude.

Apoiamos integralmente a causa, justamente por isso, ao realizarem o canto na arquibancada, nossas baterias pararam, para não dar continuidade ao desrespeito e preconceito no lugar onde todo vascaíno se sente acolhido.

Conforme citado no Manifesto das Torcidas do Vasco da Gama, “…a luta contra a homofobia e contra a transfobia não pode passar ao largo do nosso clube e daqueles que os seguem. Se o futebol é um vetor de mudança da sociedade, a torcida do Vasco decide por se posicionar, mais uma vez, em favor do respeito, igualdade e diversidade.”

Não aceitamos nenhum tipo de preconceito, e é justamente por esse motivo que nos posicionamos a favor da liberdade.

Amar o Vasco acima de tudo, desde 1999.

Dir. Mancha Negra Vasco.

Jerson Pita

Jerson Pita

Jornalista, marqueteiro, pesquisador e periférico. Cria de Duque de Caxias, escreve sobre entretenimento, sociedade e esportes. No mestrado, pesquisa a autoridade jornalística e a migração da mídia tradicional para o Youtube.

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