Após novos cortes no orçamento do Ministério da Educação (MEC), a pasta informou que não terá condições de pagar cerca de 14 mil médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais. O anúncio foi feito nesta terça-feira (6), durante a reunião com a equipe de transição do presidente eleito, Lula (PT).
Atualmente, o valor mínimo pago a cada médico é de R$ 3.300,43 e a residência é uma espécie de pós-graduação dos estudantes de medicina. Ainda de acordo com o MEC, os cortes recentes no orçamento são responsáveis pela falta de pagamento dos residentes.
Um decreto federal zerou a conta das universidades federais, para gastos considerados “não obrigatórios como bolsas estudantis, salários de funcionários terceirizados (servidores da limpeza e segurança, por exemplo) e pagamentos de contas de água e luz.
Os institutos federais sofreram perdas de R$ 208 milhões e as universidades federais chegaram a perder R$ 244 milhões com a edição do decreto. Alunos do mestrado, doutorado e pós-doutorado correm risco de ficarem sem pagamento dos seus benefícios.
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Reações
No Twitter, Gil do Vigor, um dos beneficiários de bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fez uma publicação na tarde desta terça-feira (6), cobrando os pagamentos para os quase 100 mil estudantes.
“Nós, estudantes e pesquisadores, temos o DIREITO a bolsa de pesquisa. Cumprimos prazos e nos dedicamos muito para contribuir com o avanço tecnológico do Brasil. É inadmissível que mais de 100 mil estudantes não recebam suas bolsas! NÃO DÁ MAIS! #PagueMinhaBolsa“, escreveu.
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