MP da Espanha arquiva processo por cantos racistas direcionados a Vinícius Jr

O Ministério Público da Espanha arquivou nesta sexta-feira (02) o processo aberto para investigar os cânticos racistas direcionados ao jogador Vinícius Jr (Real Madrid), cantados por torcedores do Atlético de Madrid. A informação é do jornal esportivo espanhol “Marca”. De acordo com o órgão, os cantos são considerados “desagradáveis e desrespeitosos” mas no contexto em que foram feitos, não seria necessário aplicar uma punição.

A instituição afirmou que os cânticos entoados que chamam o jogador do Real Madrid de macaco, não são considerados um crime pois foram “proferidos durante partida de máxima rivalidade” e que o ato “durou apenas alguns segundos”. O Ministério Público Espanhol também diz que diante das circunstâncias, não há um ato concreto para imputar uma punição a uma pessoa específica.

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Para a Justiça do país, o caso – que aconteceu em setembro deste ano durante um jogo pela La Liga – não representou um “um delito contra a dignidade” do jogador do Real Madrid, decidindo por não levar adiante a denúncia apresentada por Esteban Ibarra, presidente do Movimento contra a Intolerância. Com a decisão, os torcedores colchoneros não serão punidos.

Um pouco antes do clássico, Vinícius Jr já havia sido vítima de comentários racistas feitos pelo empresário Pedro Bravo, durante um programa local  bastante tradicional chamado “Chiringuito”. Na ocasião, o empresário disse que o jogador tinha que “deixar de fazer macaquice”, fazendo referência às danças que Vini faz durante as comemorações dos seus gols.

Na época, o atacante do Real Madrid recebeu apoio de fãs nas redes sociais, e de companheiros que hoje dividem com ele um espaço na Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo do Catar, como o jogador Neymar Jr e Thiago Silva. Mas apesar da repercussão, e do pedido de desculpas feito por Pedro Bravo nas redes sociais, o empresário também não foi punido.