Na data que marca o Dia da Consciência Negra, a cidade do Recife recebe a primeira edição do Festival Pernambucano de Literatura Negra. Idealizado pela escritora e jornalista Jaqueline Fraga, o evento nasce com o objetivo de evidenciar a literatura produzida por autoras e autores negros, naturais ou radicados em Pernambuco.
O evento contará com lançamento de livro, sessão de autógrafos, palestra e rodas de diálogos. “Estamos no mês da consciência negra e esse é um momento bem simbólico para estrear o festival, que busca ter um calendário permanente com três edições a partir do próximo ano. Nesta edição de estreia, vamos dar voz e evidenciar o trabalho produzido por autoras negras daqui do estado”, comentou a idealizadora.
Entre os nomes que fazem parte da programação estão Odailta Alves, Iaranda Barbosa e Maria Cristina Tavares, que participaram da mesa “Escrever como ato político”. As poetas Karinne Costa e Rosangela Nascimento também participam da programação na mesa “Versos de resistência e representatividade”, com mediação da jornalista Elizabeth Souza.
Durante o festival, Jaqueline, que foi finalista do Prêmio Jabuti em 2020 com o livro “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho”, lança sua nova obra: “Movendo as Estruturas”, que traz uma coletânea de artigos envolvendo, especialmente, análises sobres questões raciais.
Leia também: Atores pretos brasileiros conquistam prêmio de melhor atuação em Los Angeles pelo filme “O Novelo”
20 de novembro, Livraria Jaqueira – Recife Antigo (Rua Madre de Deus, 110, Bairro do Recife), das 10h às 18h. Veja, abaixo, a programação completa:
Festival Pernambucano de Literatura Negra – 20 de novembro, no Recife
11h – Versos de resistência e representatividade – roda de conversa com Karinne Costa, Rosângela Nascimento e mediação de Elizabeth Souza
12h – Projeto Mala Preta, com livros escritos por autoras negras pernambucanas
13h – Palestra Movendo as Estruturas, com Jaqueline Fraga
14h – Lançamento do livro Movendo as Estruturas, de Jaqueline Fraga
15h – Escrever como ato político – roda de conversa com Iaranda Barbosa, Maria Cristina Tavares e mediação de Odailta Alves
16h – Sessão coletiva de autógrafos
17h – Sarau poético com microfone aberto
Sobre a idealizadora
Jaqueline Fraga é escritora e jornalista. É autora do livro-reportagem “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho”, obra que foi finalista do Prêmio Jabuti em 2020 e menção honrosa do Prêmio Maria Firmina de Literatura e do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.
Foi agraciada com a Medalha do Mérito Heroínas de Tejucupapo, na categoria Jornalismo, concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Pernambuco), e com o Prêmio Ser Mulher, concedido pelo Grupo Ser Educacional. Também conquistou o Prêmio Antonieta de Barros Jovens Comunicadores Negros e Negras e o Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero. É ainda autora do livro “Big Gatilho: um livro de poemas inspirado no BBB 21” e coautora do livro “Cartas para Esperança”.
Foi consultora da Unesco e integrante do Programa de Aceleração de Lideranças Femininas Negras Marielle Franco promovido pelo Fundo Baobá para a Equidade Racial. É também colunista no Portal Geledés – Instituto da Mulher Negra. Seu livro Negra Sou já foi adquirido pelas seguintes instituições norte-americanas: Universidade da Califórnia, Universidade de Notre Dame, Universidade do Texas, Universidade de San Diego e Biblioteca do Congresso Americano.
