A ex-pastora e ex-deputada federal Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pelo assassinato do ex-marido, Anderson do Carmo, em 2019. Ela respondia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosamente armada e foi condenada pelos três agravantes.
Além da ex-pastora, o Tribunal do Juri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou também a filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, a 32 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada. Já os filhos afetivos Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e a neta Rayane dos Santos Oliveira foram absolvidos dos crimes.
O julgamento começou na última segunda-feira (7) e a defesa de Anderson afima que, depois de três anos, a família está satisfeita com a condenação da ex-parlamentar. “Sem a atuação dela [Flordelis] o Anderson do Carmo não teria sido assassinado. Estamos satisfeitos com a condenação da Simone que tentou puxar toda essa falsa acusação de estupro em desfavor do Anderson”, disse Ângelo Máximo, adovgado da família.
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A defesa de Flordelis disse que vai recorrer da sentença e que a ex-pastora já havia sido julgada antes mesmo de chegar ao Tribunal do Juri. “Já existia uma condenação prévia da Flordelis, são três anos de factoides, um massacre midiático, uma espetacularização do caso e os jurados já chegam aqui com essa carga. Esse processo, esse debate que formou na opinião pública uma pressão que determinou que nós chegássemos aqui já com esse fato dado. Por isso, nós vamos recorrer”, afirma Janira Rocha, advogada de defesa de Flordelis.
Durante a leitura da sentença, parentes de ex-pastora entraram em desespero. O também advogado de defesa, Rodrigo Faucz, afirmou que não há provas para a condenação de sua cliente. “Entendo que a condenação foi indevida, eis que certamente se deu pela pressão da opinião pública formada desde o delito”, disse.
Entenda o caso
Anderson do Carmo foi assassinado com diversos tiros quando descia do seu carro no quintal de casa, no bairro de Pendotiba, em Niterói. A princípio, a família tentou usar o argumento de que o pastor Anderson havia sido assassinado em uma tentativa de assalto. Porém, as investigações mostraram que houve uma articulação da pastora evangélica, juntamente com os filhos e netos para o cometimento do crime, inclusive com tentativas de envenenamento.
