O Governo do Rio deverá atuar de maneira mais efetiva no combate a intolerância religiosa no estado. Esta é uma determinação do Ministério Público Federal (MPF) ao governador Wilson Witzel. O ofício enviado na última sexta-feira (24) ao Palácio Guanabara, sede do governo, pede a atuação das polícias civil e militar contra os ataques a terreiros de religiões de matriz africana, na Baixada Fluminense. Em maio deste ano o MPF recebeu denúncias sobre o fechamento de pelo menos 15 casas a mando do narcotráfico, no município de Duque de Caxias. O MPF solicitou uma reunião com o governador.
Chegou até o Ministério Público uma denúncia de que um grupo de criminosos, chefiados por um pastor, circulou por terreiros da Baixada Fluminense proibindo festas e atividades. “Nenhuma casa foi destruída e os criminosos não machucaram ninguém. Porém foram taxativos ao proibir atividades dos barracões”, relatou o procurador da República Julio José Araujo, responsável pelo caso e autor do ofício.
O MPF tem um inquérito aberto para investigar a intolerância religiosa na Baixada Fluminense, e desde janeiro realiza reuniões com o Poder Público, religiosos e adeptos de religiões de matriz africana. O representante do estado é a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O Governo do Rio informou ainda não ter recebido o ofício do MPF, o Palácio Guanabara enfatizou que o governador acompanha o tema por meio da Secretaria de Direitos Humanos. Durante a semana, Witzel chegou a se reunir com o Conselho Estadual de Promoção da Liberdade Religiosa, formado pela sociedade civil, sendo informado sobre o aumento de casos de intolerância religiosa no estado.
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