Brasil perdeu 110 milhões de hectares de vegetação nativa em quase 40 anos por queimadas, aponta MapBiomas

930018-incendio_queimada_8-2.webp

O coordenador-geral do projeto MapBiomas Tasso Azevedo, afirmou durante uma sessão no Senado nesta quarta-feira (25) que em 39 anos, o Brasil perdeu 110 milhões de hectares de vegetação nativa por conta das queimadas no país, de 1985 a 2023.

A sessão foi convocada para discutir a crise de incêndios que atinge diversas regiões do Brasil. Além dele, técnicos do governo e demais especialistas também participaram da sessão, que discutiu a crise climática que o país enfrenta.

O coordenador-geral do projeto MapBiomas Tasso Azevedo, afirmou que de 1985 a 2023, o Brasil perdeu 110 milhões de hectares de vegetação nativa por conta das queimadas no país /Foto: Valter Campanato – Agência Brasil

Uma média de 2,8 milhões de hectares perdidos por ano – equivalente a 60% do estado do Rio de Janeiro todos os anos. A transformação do território está acontecendo em uma velocidade muito rápida. Foram 100 milhões de florestas e 7 milhões de campos, como os do Rio Grande do Sul, afetados. Houve a transformação dessa vegetação em áreas de pastagem, que cresceram 73 milhões de hectares“, afirmou o coordenador.

O especialista também apontou que ao longo desse período, 23% do país pegou fogo pelo menos uma vez, sendo o Cerrado e o Pampa os biomas mais afetados pela perda de vegetação nativa.

Só em 2023, foram 16 milhões de hectares queimados no país. 2% do território nacional pegou fogo em 2023. O bioma que teve a maior proporção de áreas queimadas foi o Pantanal, seguido do Cerrado. 68% da área era vegetação nativa“, explicou o coordenador do MapBiomas, rede formada por ONGs, universidades e laboratórios.

Leia também: Seca extrema atingiu 42 territórios indígenas em julho, diz Coiab

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top