O Ex-jogador e empresário Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo Fenômeno, deixou as quatro linhas do gramado, mas não deixou o futebol. Agora, como empresário e garoto propaganda, o penta campeão mundial pela Seleção Brasileira de futebol quer ampliar seus horizontes e diz que não se intitula como cartola do futebol.
Em entrevista ao jornalista Paulo Passos, da Folha de São Paulo, ele diz que prefere não se rotular como os mandatários do futebol são conhecidos. “Não sou um cartola, que é um termo adjetivado. Sou um gestor. Eu trabalho para mim, não tenho chefe, não tenho sócio e procuro fazer o que é melhor para os meus clubes”, afirma. Quando fala em clubes, o Fenômeno se refere ao Cruzeiro, de Minas Gerais, e ao Valladolid, da Espanha.
Em 2021, Ronaldo criou a holding Oddz Network que concentra seus negócios em mídias e entretenimento. Para este ano, ele prepara uma captação de investimentos para atrair sócios e “vender” 15% do negócio. Segundo ele, o intuito é receber aportes de R$ 200 milhões, chegando a R$ 1 bilhão em investimentos na holding, a exemplo de outros astros, como o jogador de basquete norte-americano, LeBron James. O Cruzeiro e o Valladolid não fazem parte da Oddz.
Além disso, Ronaldo também é sócio de uma produtora de audiovisual que lançará três documentários, um sobre a sua própria carreira, um sobre os bastidores no ano do Cruzeiro e um terceiro sobre as mudanças na estrutura do futebol brasileiro. Em relação à compra do Cruzeiro, o ex-jogador disse que foi um “susto”. “Não tem mais volta atrás, já assinamos [a compra]. Foram muitos sustos desde que chegamos. Cada gaveta aparece uma dívida, um problema. O que fizeram com o Cruzeiro foi realmente algo criminal”, lamenta.
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Ronaldo, que foi um dos protagonistas do título da Copa do Mundo de 2002, diz que a compra dos clubes visa a profissionalização como empresas, mas com foco nos jogadores. “No meu negócio, o foco são os jogadores. Entrego as melhores condições para eles poderem desenvolver o trabalho. Quando comprei Valladolid, na Espanha, o clube tinha uma infraestrutura precária. A primeira coisa que fiz foi reformar as instalações dos atletas. É o que vai dar resultado no final”, comenta.
Ele lembra ainda que possui várias empresas, em diversas atividades econômicas, mas todas, em algum momento se conectam, formando uma grande rede. “Os meus negócios todos têm sinergia entre si e ligação com a minha história. Tem um trabalho incrível na área de mídia. A empresa está crescendo muito, tem tido uma relevância no mercado espetacular”, analisa.
Posicionamento político
Quando questionado sobre as eleições de 2022, Ronaldo lembra que, em 2014, quando declarou apoio ao então candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, foi duramente criticado e não pretende anunciar voto novamente. “Em 2014, apanhei demais, como se eu fosse o culpado de tudo. Vou votar, mas não vou me posicionar publicamente sobre o meu voto”, disse.
“O Brasil é especial demais. A gente está sempre nessa esperança de que vai melhorar, vai melhorar, vai melhorar, mas infelizmente a gente não consegue dar um salto de qualidade na sociedade”, finaliza.
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