Jornalista sofre racismo em salão de beleza paulista

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Reprodução redes sociais - Luanda Vieira

A jornalista Luanda Vieira sofreu racismo em um salão de beleza nos Jardins, bairro nobre na Zona Oeste de São Paulo. A jovem de 33 anos divulgou o caso, ocorrido no dia 6 de maio, em suas redes sociais.

Luanda afirmou que o cabeleireiro Augusto Lima, debochou dela enquanto ela era atendida por uma manicure no Studio Lorena, na Rua Oscar Freire.

“Ele disse para ela (a manicure que a atendia) que achou que eu era Miriã. ‘Imagina a Miriã aqui sentada fazendo unha!’ (teria dito o rapaz)”. Miriã seria outra manicure negra que trabalhara no salão.

Luanda disse que se sentiu desconfortável pelo tom de voz do cabeleireiro que era alto. A jornalista disse que em momento algum Augusto se direcionou a ela, nem a olhou. Disse tudo rindo e foi embora. Na hora, Luanda não teve uma reação na hora, mas foi falar com a recepcionista que se desculpou.

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Reprodução Instagram – Luanda Vieira

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A questão não foi ele ter me relacionado a uma manicure, mas ele ter feito um show porque tinha uma mulher negra ali. Ele ficou uns três minutos rindo e falando alto, em tom deboche, com a manicure que me atendia, como se eu não estivesse lá. E por que a Miriã não poderia estar sentada ali? Esse é o racismo estrutural: o negro não pode estar em todos os lugares“, afirmou.

Após o ocorrido a jornalista mandou uma mensagem e a dona do salão respondeu se surpreendendo pela forma como educada como Luanda se posicionou. “Ora, porque eu não seria educada? Isso também é reflexo do racismo“, disse a jovem em um vídeo postado em seu Instagram.

O Studio Lorena admitiu que o funcionário errou. “Isso nos mostra o quanto precisamos trazer o debate racial com mais afinco aqui para dentro, já que nossa proposta enquanto espaço não é a de fazer comparativos entre pessoas, mas ser um ambiente onde todos se sintam acolhidos e bem”, informou o salão em nota.

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